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Johan Cruijff, o holandês voador (1947-2016)

Cátia Andrea Costa 31 de março de 2016 às 18:13

A sua vida confunde-se com o Ajax e o Barcelona. Genial como jogador, melhor ainda como treinador, o Holandês Voador não conseguiu evitar que um cancro no pulmão o derrotasse, aos 68 anos

A Holanda ficou destroçada - tanto, reza a história, que até a Rainha Juliana tentou intervir - mas nada demoveu o craque da equipa de não ir ao Campeonato do Mundo de futebol na Argentina, em 1978. Johan Cruijff não falou sobre isso durante 30 anos, apesar de todas as especulações: dizia-se que não fora por problemas com os patrocinadores ou porque queria boicotar o regime de Videla. À Rádio Catalunha, em 2008, contou a verdade: a família fora alvo de uma tentativa de rapto em 1977, meses antes da prova que viria a ser ganha pela Argentina, ao derrotar a Holanda. "Tive uma pistola apontada à cabeça, estava atado tal como a minha mulher. As crianças estavam no apartamento", em Barcelona, disse Cruijff. "Para jogar num Mundial teria de estar a 200 por cento. Há momentos em que outros valores se sobrepõem." Na altura, já era um ídolo mundial e os holandeses adoravam-no. Anos mais tarde, foi eleito o sexto holandês mais importante de sempre, à frente de nomes como Anne Frank ou Van Gogh.

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