Um documentário que será exibido hoje pela BBC revela as cartas escritas por Karol Wojtyla encontradas na biblioteca nacional da Polónia: "Eram mais que amigos, mas menos que amantes"
O papa João Paulo II manteve, durante mais de 30 anos, uma amizade intensa com uma filósofa casada, sem prova de ter quebrado o voto de castidade, indica uma reportagem que a BBC vai difundir hoje à noite.
As cartas de João Paulo II para Anna-Teresa Tymieniecka abrem "a janela mais extraordinária sobre a vida privada de uma das pessoas mais famosas da história", considerou Edward Stourton, jornalista responsável pela reportagem, que vai ser emitida no programa Panorama.
Mais de 350 cartas escritas por Karol Wojtyla, futuro João Paulo II, a Anna-Teresa Tymieniecka, filósofa norte-americana de origem polaca, foram encontradas na biblioteca nacional da Polónia, que as recebeu de Tymieniecka em 2008.
As cartas parecem sugerir que a universitária tinha sentimentos amorosos pelo cardeal Wojtyla.
"Minha querida Teresa, recebi as três cartas. Escreves que te sentes devastada, mas não consegui encontrar uma resposta para essas palavras", escreveu o futuro João Paulo II numa carta datada de 1976.
"Eram mais que amigos, mas menos que amantes", considerou Stourton, sublinhando não existir em nenhuma das cartas qualquer prova de quebra do voto de castidade de João Paulo II. A correspondência mostra "um combate para conter aquilo que foi seguramente uma relação muito intensa".
A primeira carta está datada de 1973, ano em que Anna-Teresa Tymieniecka e Karol Wojtyla se conheceram, e a última tem data de alguns meses antes da morte do papa, em 2005.
A BBC só viu as cartas de Karol Wojtyla e não a correspondência de Tymieniecka, que morreu em 2014.
Papa de 1978 a 2005, João Paulo II foi canonizado a 27 de abril de 2014.
João Paulo II manteve amizade intensa com filósofa durante 30 anos
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.