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James M. Dorsey: "Só a religião desperta a mesma paixão profunda que o futebol"

Margarida Santos Lopes 09 de outubro de 2016 às 08:00

Os jogos de futebol têm sido indicadores do que está para vir, afirma o autor do livro The Turbulent World of Middle East Soccer. Foi nos estádios que germinou a Primavera Árabe de 2011. E poderá ser este, vaticina o professor, o desporto da próxima revolução

Para muitos, no Médio Oriente e no Norte de África, o futebol "é mais do que um jogo, é uma questão de vida e de morte", escreve o académico e jornalista James M. Dorsey emThe Turbulent World of Middle East Soccer, já considerada uma obra de referência. Os estádios transformaram-se em campos de batalha por direitos políticos e sociais, étnicos e religiosos, de identidade e de género. E estas lutas "espelham a essência do futebol: trata-se de controlar o mais possível o território do oponente", observa Dorsey -senior fellowna S. Rajaratnam School of International Studies, na Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura - ao telefone com a SÁBADO.

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