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Investigador quer ganhar o Festival da Canção

24 de maio de 2016 às 10:31
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Um professor e investigador na Universidade Lusófona realizou um estudo com o objectivo de trazer o Festival da Eurovisão para Lisboa para promover o turismo e o País

Portugal é o país que "mais vezes participou sem nunca ganhar", lembrou Jorge Mangorrinha, arquitecto e professor na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, sublinhando que Portugal só não participou em 1970, 2000, 2002, 2013 e em 2016, e apenas conseguiu, nas restantes edições, ter "nove canções dentro do top 10 das posições finais".

Não por falta de qualidade dos cantores mas porque, "para ganhar o concurso, havia que promover poderosamente uma canção, organizar cocktails, distribuir pastas pejadas de informação e negociar entre delegações" e, por outro lado, "manifestar vontade de organizar uma edição do festival", garantiu o professor num estudo sobre a participação de Portugal no Festival da Eurovisão e a influência deste no turismo.

Porém, diz o estudo, "os responsáveis nunca tiveram verdadeiramente a intenção de ganhar e nunca quiseram discutir a sua posição final", perdendo-se, segundo Mangorrinha, o que "podia ter sido uma oportunidade de assumir um papel significativo para a música portuguesa e para um impulso turístico".

Mas o professor quer mudar isso e está a elaborar outro estudo para ganhar o festival e trazê-lo a Lisboa. 

Mangorrinha defende uma estratégia conjugada entre interesses públicos e privados, em três aspectos fundamentais: "A canção, o posicionamento da RTP perante os autores portugueses e a música e a importância das parcerias [Ministério dos Negócios Estrangeiros, Turismo de Portugal, editoras e outras empresas com interesse], para um objectivo ganhador".

A receita passaria ainda por "ausência de preconceitos, tempo de preparação e uma ambição ganhadora", no sentido de trazer para Portugal uma edição do festival.

A ideia é avaliar "infraestruturas, transportes, plano de emergência e segurança, hotelaria, cultura, comércio, a animação diurna e nocturna e capacidade de carga dos espaços", tendo por base dois pólos principais: o MEO Arena, onde se realiza o Festival em espaço coberto, e o Terreiro do Paço, como espaço de actuações, nos dias anteriores.

A ligar um e outro, "teremos essa extensa margem de rio, a que chamamosavenida da Eurovisão, cuja oferta já instalada será potenciada e valorizada com novos elementos efémeros e definitivos", acrescentou o mentor do futuro estudo, cujas conclusões "serão entregues à RTP".

As 10 lições de Zaluzhny (I)

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