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Investigação SÁBADO: Obrigados a vender terrenos por mil euros

Ana Leal
Ana Leal 14 de fevereiro de 2024 às 23:00

Cerca de 700 famílias sonhavam com uma casa em Palmela e agora negoceiam os lotes ao desbarato. Temem que lhes penhorem os ordenados por dívidas de obras que nunca aconteceram.

São cada vez mais as famílias que se querem ver livres dos terrenos que compraram na AUGI (Área de Génese Ilegal) de Pinheiro Ramudo, em Palmela. O que era o sonho de uma vida acabou por se transformar num pesadelo. Ao longo de quase três décadas, cerca de 700 famílias foram pagando a uma comissão criada para tratar das infraestruturas, da rede de esgotos, da água, da eletricidade e do licenciamento da urbanização. Com tudo ainda por ser feito, deixaram de pagar. “A nossa dívida já ultrapassava os 100 mil euros, com os juros rapidamente iria chegar aos 150, 200 mil euros. Era como se tivéssemos o futuro hipotecado”, explica Salvador Regula, que até há pouco tempo era proprietário de sete lotes. O proprietário e a sua família explicam que foram pressionados. “Eram telefonemas diários a ameaçarem com execuções, acabámos por decidir livrarmo-nos do problema”, confessa.

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