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Hans-Dietrich Genscher, o mestre da diplomacia (1927-2016)

Dulce Neto
Dulce Neto 12 de abril de 2016 às 12:31

Esta é a história do obscuro refugiado estudante de Direito, órfão de um agricultor e prisioneiro de guerra que foi o mestre brilhante da reunificação alemã e peça-chave do fim da Guerra Fria. E amigo de Portugal

Sempre que dois aviões se cruzam por cima do Atlântico "Genscher vai dentro de ambos". A piada, que fez história nos corredores diplomáticos, nasceu deEduard Shevardnadze, chefe da diplomacia soviética em meados dos anos 90, e aludia à agenda carregada de viagens do então ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Hans-Dietrich Genscher. Mas revela também os esforços deste homem tranquilo para rasgar a Cortina de Ferro. Diligências que resultaram. "Não é muito comum provar-se que um político tem razão. E menos ainda enquanto está vivo, e mais raro ainda enquanto está em funções. Eu tenho a vantagem de viver as três situações juntas", congratulou-se, com razão, um dia.

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