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Fanáticos das limpezas: como reagem ao coronavírus

Raquel Lito
Raquel Lito 24 de maio de 2020 às 19:07

Alexandra não larga o aspirador, António e Madalena também limpam exaustivamente. As rotinas domésticas surgiram muito antes da crise sanitária

Acorda às 9h, limpa o pó à casa toda (interiores de armários incluídos), aspira, lava o chão, lavatório, bidé e os azulejos da casa-de-banho. São duas horas nisto, todos os dias, para que o T3 em Leiria seja um irrepreensível "santuário de limpeza", nas palavras de Alexandra. Sabe que tem uma obsessão, exacerbada na quarentena: não tanto pela ameaça da sujidade (imagina-a até ao teto), porque esta está enraizada na sua mente há 15 anos; mais pela presença constante da família em casa. Se o marido vai de uma divisão para outra, ou a filha de 6 anos, Alexandra aspira-as imediatamente. É como se o aspirador fosse uma extensão dela: "Deus me livre se avariasse, entrava em pânico." 

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