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Manuel Carmo Gomes: "Não abandonei o país nem quem tem de tomar decisões". Siga ao minuto

A atualidade da pandemia, em Portugal e no mundo, ao minuto. Esta terça-feira, Marcelo Rebelo de Sousa começa a ouvir os partidos sobre o prolongamento do estado de emergência.

ANTÓNIO COTRIM/LUSA
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Ao Minuto Atualizado 09 fev 2021
09 fev 2021 09 de fevereiro de 2021 às 16:39
autor Ana Bela Ferreira

Manuel Carmo Gomes: "Não abandonei o país nem quem tem de tomar decisões"

Manuel Carmo Gomes esclareceu esta tarde na SIC Notícias que não vai abandonar "o país ou quem tem de tomar decisões". O epidemiologista que anunciou que ia deixar de estar nas reuniões do Infarmed, explicou que a decisão dizendo que estava a ser difícil conciliar todas as tarefas. A presença na equipa de vacinação, de que já fazia parte, e as aulas na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

O especialista referiu que já tinha dito à ministra da Saúde, Marta Temido, que assim que começassem as aulas ia ter de abandonar as apresentações quinzenais do Infarmed. As aulas vão começar agora e o professor decidiu dedicar-se mais à equipa de vacinação e à cadeira que lecciona na Faculdade de Ciências.

Manuel Carmo Gomes voltou a sublinhar as críticas que fez esta manhã à ação do governo. Lembrando que não se pode apenas tomar medidas de reação, mas de prevenção. E que se devia apostar na testagem em massa. Algo, que o próprio primeiro-ministro já admitiu ser necessário.

Carmo Gomes defendeu ainda o estabelecimento de critérios para aplicar medidas e que essas medidas estejam prontas antecipadamente. O especialista apontava para a existência de um grupo técnico que prepare medidas concretas com base nas indicações dadas nas reuniões do Infarmed.

09 fev 2021 09 de fevereiro de 2021 às 16:06
Lusa

Costa afirma que é necessário prolongar atual confinamento e aumentar testagem massiva

O primeiro-ministro considerou esta terça-feira que o atual confinamento está a produzir resultados contra a covid-19, mas é necessário prolongá-lo face aos elevados níveis da pandemia e continuar a investir na testagem massiva e na capacidade de rastreamento.

Esta posição foi transmitida por António Costa na sua conta pessoal na rede social Twitter, depois de mais uma reunião no Infarmed, em Lisboa, sobre a evolução da situação epidemiológica em Portugal.

Em relação aos resultados desta reunião, segundo o primeiro-ministro, poder-se-á "concluir que o atual nível de confinamento está a produzir resultados, quer na redução de casos, como na pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde e também na limitação da circulação da variante britânica".

"Concluímos também que quanto maior for a intensidade do confinamento mais rápidos são os resultados; que os elevados níveis da pandemia requerem o prolongamento do atual nível de confinamento e que é necessário continuar a investir na testagem massiva e na capacidade de rastreamento", frisou o líder do executivo.

Na sua mensagem, António Costa defendeu também que "o nível de confiança dos cidadãos na vacina tem vindo a aumentar".

"Desde que a indústria farmacêutica continue a produzir ao nível agora estimado, conseguiremos alcançar o objetivo de termos no final do verão 70% da população adulta vacinada", acrescentou.

09 fev 2021 09 de fevereiro de 2021 às 15:47
Lusa

CDS-PP defende envolvimento de militares em "robusto plano de testagem rápida"

O CDS-PP defendeu esta terça-feira o envolvimento de militares num "robusto plano de testagem rápida" que permita a identificação das cadeias de contágio da covid-19 e responsabilizou o Governo pelo "descontrolo da pandemia".

Num comunicado enviado à Lusa no final da reunião com especialistas por videoconferência, na qual foi analisada a situação epidemiológica da covid-19 em Portugal, os centristas propõem que as Forças Armadas "sejam também associadas à execução de um robusto plano de testagem rápida para rastreio das cadeias de contágio, que os técnicos hoje defenderam nesta reunião como condição de um desconfinamento em segurança".

A porta-voz do CDS-PP, Cecília Anacoreta Correia, que assina a nota, refere que "os dados hoje apresentados revelam que o confinamento decretado em finais de janeiro se deveu a uma reação tardia e laxista por parte do Governo".

"O Governo tinha a responsabilidade de aplicar uma política de precaução e de antevisão de cenários, coisa que irresponsavelmente não fez", critica a dirigente centrista, argumentado que o executivo "optou pelo caminho mais fácil de ir respondendo gradualmente ao evoluir da situação, sempre atrás do prejuízo".

A centrista salienta igualmente que o Serviço Nacional de Saúde "não merecia ter sido deixado à mercê do improviso".

"Não fomos devidamente protegidos e o descontrolo da pandemia verificado no mês de janeiro é uma enorme responsabilidade politica deste Governo", critica Cecília Anacoreta Correia, pedindo "planeamento, transparência e meritocracia na preparação de possíveis novas vagas deste vírus".

Na ótica do CDS-PP, "não se pode mais andar atrás do prejuízo, deixando as coisas evoluírem até a única resposta adequada ser novos confinamentos", uma vez que "as empresas, os trabalhadores, as famílias, os estudantes não aguentam este tipo de política devastadora".

"Resta-nos a esperança da vacinação, domínio onde saudamos o envolvimento tardio das Forças Armadas, que o CDS sempre propôs", realça a porta-voz, destacando também a "criação de centros de vacinação, que o CDS já propusera e espera ver replicados em todo o país".

Na nota hoje divulgada, o partido salienta igualmente que "os maiores de 80 anos são dos mais afetados pela doença e pela mortalidade" e reitera que é "incompreensível que o Governo não tenha incluído toda esta faixa etária na lista de prioridade de vacinação desde a primeira hora, como atempadamente o CDS pediu".

Ainda no que toca à vacinação, o CDS criticou a escolha de "um comissário político para responsável pela condução deste processo, em vez de se envolver desde o início as Forças Armadas", e advogou que "a expectativa dos portugueses na vacinação não pode ser deixada à mercê de comissários políticos e dos abusos" que têm sido identificados, referindo-se à administração de vacinas a pessoas que não estão incluídas nos grupos prioritários".

09 fev 2021 09 de fevereiro de 2021 às 15:46
Lusa

PSD: Confinamento será mais prolongado por Governo "ter sido frouxo"

O PSD considerou esta terça-feira que o atual confinamento terá de ser prolongado até "meados, fim de março" por o Governo "ter sido frouxo" e "não ter agido a tempo" no combate à covid-19.

Em declarações aos jornalistas no parlamento, depois da reunião por videoconferência com epidemiologistas que decorreu hoje de manhã, o deputado e dirigente do PSD Maló de Abreu considerou, ainda assim, que do encontro saiu "um sinal de esperança" com a diminuição da curva de contágios por covid-19 e reiterou a necessidade de "testar mais e isolar mais".

"Como se viu, por não se ter agido a tempo, ou se ter sido frouxo como foi este Governo, possivelmente este confinamento, dito pelo próprio primeiro-ministro, vai prolongar-se até ao fim de março, o que tem efeitos graves na economia portuguesa", criticou.

"Se nos falam em meados, fim de março - e como os prazos que o Governo apresenta para tudo nunca são cumpridos - nada de bom nos espera destes prazos", acrescentou.

O vogal da Comissão Política Nacional do PSD quis aproveitar a ocasião para saudar o novo responsável pela 'task-force' da vacinação, vice-almirante Gouveia e Melo.

"Sempre dissemos que esta coordenação não deveria ser feita em tempo parcial e exigiria grande espírito de missão. Desejamos-lhe sorte, a sua sorte é a sorte dos portugueses", afirmou.

O deputado social-democrata saudou que se esteja a regista ruma "desaceleração na curva" de contágios, mas lamentou que o Governo não tenha "tomado medidas melhores atempadamente".

"O PSD apresentou um conjunto de propostas a seu tempo, com sete eixos fundamentais, e verificamos hoje que um conjunto de epidemiologistas vem referir o conjunto de propostas que o PSD há muitos meses apresentou e em relação às quais o Governo foi cego surdo e mudo", criticou, referindo-se em concreto à necessidade de realizar mais testes e de um isolamento mais rápido dos contactos suspeitos.

O dirigente social-democrata apelou ainda a que Portugal utilize a sua atual presidência do Conselho Europeu para dinamizar o processo de vacinação.

"O Governo deve aproveitar esta oportunidade, tem até a obrigação, de forçar o envio mais rápido possível de vacinas, não só para Portugal como para toda a Europa", disse.

Maló de Abreu defendeu que só será possível diminuir as mortes e relançar a atividade económica conjugando duas ações: "Vacinar o mais rapidamente possível e testar maciçamente os portugueses, é no conjunto destas duas ações que reside o segredo do sucesso", disse.

09 fev 2021 09 de fevereiro de 2021 às 14:33

Carmo Gomes vai interromper participação nas reuniões do Infarmed

A ministra da Saúde, Marta Temido, confirmou que o professor Manuel Carmo Gomes - que criticou bastante a estratégia adoptada pelo Governo no combate à paandemia - vai deixar as reuniões do Infarmed, onde tem estado desde o início. 

Segundo Temido, o epidemiologista pediu para deixar de ir a estas reuniões por estar em muitas frentes neste combate, como a comissão de vacinação e nos estudos sobre a evolução e resposta à pandemia. 

Manuel Carmo Gomes já tinha sido muito crítico da recusa do Governo em tomar medidas mais restritivas no início de janeiro.
09 fev 2021 09 de fevereiro de 2021 às 14:19

Mais 203 mortes e 2.583 infetados em 24 horas

Nas últimas 24 horas, morreram mais 203 pessoas devido à covid-19, de acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral de Saúde (DGS). Foram ainda infetadas 2.583 pessoas desde segunda-feira. Os números revelados esta terça-feira fazem aumentar para 14.557 o número de mortes desde que a pandemia começou.

09 fev 2021 09 de fevereiro de 2021 às 14:08
autor Diogo Barreto

"Atual confinamento tem de ser prolongado", diz ministra

O "atual confinamento tem de ser prolongado por mais tempo", afirmou a ministra da Saúde depois de reunião com especialistas no Infarmed. A ministra afirmou ainda que ficou "bastante claro que quanto maior é a intensidade do confinamento mais rápida é a redução do risco efetivo de transmissão".

"Apesar de as medidas estarem a produzir resultados, é evidente que o atual confinamento tem de ser prolongado por mais tempo, para já durante o mês de fevereiro, mas provavelmente por um período que os peritos estimaram de 60 dias a contar do seu início", disse ainda.

09 fev 2021 09 de fevereiro de 2021 às 12:16
autor Diogo Barreto

Fim da primeira fase de vacinação só vai acontecer em abril

O coordenador do grupo de estratégia do plano de vacinação refere que há uma traso no processo de vacinação motivado pela escassez da disponibilidade destes produtos.

"Estamos num momento de estrangulamento de disponibilidade de vacinas. A cadeia logística começa com a disponibilidade, depois a distribuição e por fim a administração. Portugal só encontra um problema na aquisição de vacinas, mas não na sua adminitração", referiu o vice-almirante. 

No primeiro trimestre devem chegar cerca de 2 milhões de doses. Até ao momento foram recebidas 503 mil doses. Há atualmente cerca de 60 mil vacinas na reserva. Foram aplicadas 294 mil primeiras doses e 106 mil segundas doses, segundo dados de 8 de fevereiro, de acordo com o que transmitiu o responsável pelo plano de vacinação.

O vice-almirante Gouveia e Melo referiu ainda que "a primeira fase não vai ser terminada a 31 de março" e que vai ter de ser "prolongada até abril, devido à dificuldade da produção de vacinas".

"Estamos a vacinar cerca de 22 mil vacinas por dia e com a entrega das vacinas a este ritmo ainda não se exige soluções para além das estabelecidas no SNS. No segundo trimestre essa média vai ter de subir para quatro vezes mais porque vai haver quatro vezes mais vacinas disponíveis e vão ter de ser montadas sistemas de vacinação mais rápidas", explicou, acrescentando que Portugal vai ter de vacinar cerca de 80 mil pessoas por dia. "E no terceiro trimestre esse aumento vai ter de ser ainda supeiror com 93 mil doses por dia. Se conseguirmos vacinar à medida que elas forem chegando, devemos atingir os 70% da população em final de agosto, início de setembro. O que é uma boa notícia. Devemos vacinar a população total em dezembro", concluiu.

09 fev 2021 09 de fevereiro de 2021 às 11:41
autor Diogo Barreto

"Pressupomos que 70% da população portuguesa estará vacinada até ao final do verão"

Depois da intervenção de Carmo Gomes, o especialista em saúde pública Henrique Barros falou sobre o efeito da vacinação nos internamentos e na mortalidade. "Pressupomos que 70% da população portuguesa estará vacinada até ao final do verão", afirmou.

O especialista acreditava que cerca de um milhão de pessoas já estaria imune ao vírus quando começou a vacianção em Portugal, mas admite que é um cálculo "conservador".

09 fev 2021 09 de fevereiro de 2021 às 11:38
autor Ana Bela Ferreira

OMS diz que vírus já circulava antes de ser detetado no mercado

Os especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) chegaram à conclusão de que o SARS-Cov-2 já estaria a circular antes de ser detatado no mercado de Wuhan. Podendo mesmo já ter circulado noutras regiões.

Os peritos referem que estas novas descobertas não mudam drasticamente o desenvolvimento da pandemia, refere a Reuters. Em conferência de imprensa, indicam que o vírus já estaria a circular antes de ser detetado no mercado de animais vivos em Wuhan.

Peter Ben Embarek, especialista em vírus da OMS, aponta para que o novo coronavírus possa ter tido origem num grupo de morcegos, já que estes animais são um reservatório natural para estes vírus. Este grupo poderia nem estar na cidade onde começou a pandemia de covid-19, no final de 2019, acrescentou o perito.

REUTERS/Aly Song
09 fev 2021 09 de fevereiro de 2021 às 11:27
autor Diogo Barreto

"Estamos longe de poder desconfinar"

"O mês de janeiro foi muito mau", começou por dizer Manuel Carmo Gomes que depois propôs que os portugueses deviam repensar a estratégia adoptada para o combate da covid-19. O epidemiologista criticou ativamente as decisões tomadas pelo Governo, afirmando que o país tem estado a agravar as medidas enquanto a pandemia vai crescendo, mas que é urgente começar a desenhar uma estratégia que permita antecipar o vírus.

"Desde maio temos lidado com a pandemia, adoptando medidas que parecem adequadas às respostas. Depois demoramos duas semanas a ver o resultado das medidas e notamos que elas não costumam ser suficientes e voltamos a apertar as medidas. Assim não conseguimos controlar um vírus que cresce desta maneira", criticou Carmo Gomes, acrescentando: "Proponho adoptarmos uma estratégia diferente em termos técnicos".

"Tivemos um descuido de cinco dias", na época natalícia "e chegámos de 3 mil casos a 12 mil casos em seis semanas apenas", referiu o especialista que considera que as medidas de 12 de janeiro não foram as adequadas por serem poucas, mas que as de 21 de janeiro já o foram. 

"Proponho que façamos todos uma reflexão sobre a estratégia que temos vindo a adoptar. Pela nossa experiência a resposta gradual é insuficiente. Precisamos de uma resposta agressiva guiada por critérios objetivos. Temos de agir de forma muito agressiva à pandemia."

Carmo Gomes propôs depois o aumento brutal da testagem. E refere que a resposta a seguir ao Natal não foi suficiente, em termos de testagem. "A testagem é importante porque - e vou buscar uma imagem de março - este vírus comporta-se como uma mola e temos de usar a mão ou o pé para a manter em baixo, caso contrário ele dispara. Mas como se tira a mão da mola sem ela disparar? A resposta é a testagem. Para tirar o pé da mola, pomos um peso em cima da mola para que esta substitua o pé. É este o papel que a testagem tem. A testagem é a arma principal que precisamos de usar e não o confinamento . Estamos confinados com um grau elevadíssimo, mas só saímos deste confinamento sem a mola vir por aí cima com uma estratégia de testagem muito grande", disse.

O especialista traçou ainda três linhas vermelhas que não podem ser ultrapassadas se queremos controlar o vírus: não podemos ter um R que ultrapasse 1,1, ou pelo menos não o faça durante demasiados dias; temos de ter uma percentagem de testes positivos menor a 10% e uma incidência menor de 2000 novos casos por dia para conseguirmos gerir doentes covid-19 e não-covid. I"sto corresponderia a 1.500 pessoas hospitalizadas e 200 pessoas em UCI. Este critério de número de pessoas em hospital é um melhor indicador", considera o especialista que concluiu que "por enquanto", como não temos essa capacidade de testagem, "estamos longe de poder desconfinar".

09 fev 2021 09 de fevereiro de 2021 às 11:04
autor Diogo Barreto

"Daqui a duas semanas podemos chegar aos três mil casos diários"

Manuel Carmo Gomes refere que a primeira vez que se nota uma redução na taxa de incidência foi a 22 de janeiro, devido ao "confinamento leve que foi adoptado". Mas caso se tivesse mantido este confinamento "teríamos tido um pico mais alto e mais tarde" e que foi a decisão de confinar sério, a partir de 30 de janeiro que se começa a notar uma descida significativa.

"Daqui a duas semanas podemos chegar aos três mil casos diários", afirmou o especialista, condicionando a manter-se este confinamento.

Manuel Carmo Gomes critica a descida do número de testes que tem acompanhado a descida dos casos.

09 fev 2021 09 de fevereiro de 2021 às 10:50
autor Diogo Barreto

Entre dezembro e fevereiro circularam em Portugal "mais de 120 mil" com variante do Reino Unido

João Paulo Gomes, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, explica que, "segundo dados muito robustos", de 49.127 casos positivos identificados pelo laboratório que analisa a prevalência da variante vinda do Reino Unido, 8.657 mostraram a presença dessa variante. O que permite calcular que já houve 120 mil pessoas infetadas com SARS-CoV-2 com a variante britânica a circular Portugal, entre dezembro e fevereiro.

As projeções apontavam que para a semana 65% dos casos emPortugal seriam da variante, "mas desviámo-nos totalmente e parece que entrámos numa espécie de plateau, o que são óptimas notícias",

09 fev 2021 09 de fevereiro de 2021 às 10:41
autor Diogo Barreto

"Incidência continua a níveis extremamente elevados"

A "incidência continua a níveis extremamente elevados, estando acima dos 980 casos por 100 mil habitantes", concluiu Baltazar Nunes, admitindo que se está a traçar um caminho positivo no decréscimo deste índice, mas avisa que ainda não se pode aliviar as restrições.

"Modelos matemáticos dizem que devemos manter o confinamento por mais dois meses para reduzir incidência em casos de UCI para 200", disse ainda.

09 fev 2021 09 de fevereiro de 2021 às 10:36
autor Diogo Barreto

Portugal tem a mobilidade mais reduzida da UE, atualmente

Baltazar admite que Portugal chegou a ser, em meados de janeiro, o país europeu com a maior taxa de incidência. No entanto, o especialista admitiu, na reunião do Infarmed com os políticos, que se tem vindo a notar um decréscimo a nível europeu e nacional, muito à boleia das restrições implementadas.

Atualmente, Portugal é o país onde a mobilidade é mais reduzida entre os países da União Europeia, de acordo com Baltazar Nunes.

O especialista diz ainda que o confinamento é inferior ao registado em março do ano passado, com mais mobilidade dos portugueses.

09 fev 2021 09 de fevereiro de 2021 às 10:30
autor Diogo Barreto

Pico de mortes já pode ter sido atingido. Situação das UCI é incerta

Peralta Santos afirmou ainda que a mortalidade atingiu em janeiro um aumento de "quase três vezes em relação ao pico de dezembro", mas já há a "formação clara de um "pico na primeira semana de fevereiro", ou seja, é provável que já tenha sido atingido o pico nas mortes, bem como nas hospitalizações.

No entanto, ainda não se sabe se já foi atingido o pico nas unidades de cuidados intensivas. 

09 fev 2021 09 de fevereiro de 2021 às 10:26
autor Diogo Barreto

R(t) é de 0,82 no país

responsável pela Unidade de Investigação Epidemiológica do Instituto Ricardo Jorge, Baltazar Nunes, fez a atualização da incidência no país. Segundo o especialista entre 30 de janeiro e 3 de fevereiro o r(t) foi de 0,82 e está abaixo de 1 em todo o Portugal Continental e nos Açores.

Baltazar Nunes refere que o R está mais baixo do que chegou a estar em outubro. A 3 de fevereiro, o r estava nos 0,78, quando em outubro o mínimo do índice de transmissibilidade foi de 0,89.

09 fev 2021 09 de fevereiro de 2021 às 10:20
autor Diogo Barreto

Pico de casos foi a 29 de janeiro

André Peralta Santos começou a apresentar o gráfico de incidência comulativa a 14 dias e reconhece que se iniciou um período descendente de casos. Informa ainda que o pico de casos em Portugal foi a 29 de janeiro.

A incidência até esta segunda-feira era de cerca de 1.200 casos por 100 mil habitantes.

Peralta Santos nota ainda que há um decréscimo de novos casos em todas as faixas etárias.

Segundo o especialista, a terceira vaga teve o pico a 29 de janeiro e tem tido uma variação semanal de menos 24%, adiantou diretor de Serviços de Informação e Análise da Direção-Geral da Saúde (DGS), durante a reunião no Infarmed, em Lisboa.

"A região de Lisboa e Vale do Tejo tem, na maioria dos municípios, uma incidência de mais de 960 casos por 100 mil habitantes e em alguns concelhos superior a 1920. À data de hoje a situação é mais favorável", afirmou o especialista da DGS.

Salientou ainda que "há uma progressão da proporção de casos confirmados com a nova variante" associada ao Reino Unido, que tem "maior foco" na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Com Lusa

09 fev 2021 09 de fevereiro de 2021 às 10:08
Lusa

DGS torna obrigatória lista de pessoas a convocar se sobrarem vacinas

A Direção-Geral da Saúde (DGS) incluiu a obrigatoriedade de existência de uma lista de pessoas a convocar para a vacina contra a covid-19 no caso de sobrarem doses, sublinhando que deve ser sempre respeitada a ordem das prioridades.

Numa atualização da norma divulgada esta terça-feira, a DGS lembra que a administração de vacinas é organizada de forma a evitar o desperdício de doses e diz que as doses sobrantes em cada sessão devem ser utilizadas em qualquer pessoa elegível dentro da fase em curso, devendo respeitar-se a ordem de prioridades definida "através da definição de uma lista, de elaboração obrigatória, de pessoas a convocar" para estes casos.

A norma diz ainda que para evitar desperdício, os frascos não perfurados que sobrarem numa sessão vacinal devem ser utilizados no mesmo dia se não tiverem sido mantidos a uma temperatura de 02 a 08 graus centígrados e que os frascos já perfurados "não devem ser transportados".

"Não sendo possível evitar o desperdício através dos procedimentos referidos na alínea anterior, a vacinação deve prosseguir através da vacinação de pessoas incluídas noutra fase do plano de vacinação, desde que pertencentes aos grupos prioritários e em respeito pelos subgrupos de prioridades", acrescenta.

Esta inclusão da obrigatoriedade de uma lista de pessoas a convocar no caso de sobrarem doses nas sessões de vacinação surge depois da polémica sobre o uso indevido destas doses em pessoas que não pertenciam a grupos prioritários, situações que já estão a ser investigadas pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) e pelo Ministério Público.

A norma explica ainda que, em relação à vacinação nos lares, os frascos devem ser abertos apenas se houver profissionais suficientes para utilizar todas as doses na mesma instituição, mas admite que as doses não utilizadas (por não adesão à vacinação ou por surto ativo não existente aquando do planeamento) deve a vacinação prosseguir noutro lar ou unidade da rede de cuidados continuados integrados vizinha ou de concelho limítrofe.

Refere igualmente que deve ser dada prioridade ao concelho "com maior risco epidemiológico e/ou a estrutura ou unidade com maior número de pessoas".

Caso não seja possível esta estratégia, a norma diz que, para evitar desperdício, as doses sobrantes devem ser usadas para vacinar profissionais de saúde ainda não vacinados.

"Se não for possível vacinar todos os profissionais da instituição, na mesma sessão, estes profissionais devem ser vacinados num ponto de vacinação do ACES [Agrupamento de Centros de Saúde] / ULS [Unidade Local de Saúde], na primeira oportunidade, podendo ser realizada uma sessão de vacinação dedicada para estes profissionais, numa unidade de saúde do Serviço Nacional de Saúde", acrescenta.

Tal como referido na norma anterior, hoje atualizada, os pontos de vacinação podem incluir todos os locais habilitados para a administração de vacinas, desde que exista rede de frio adequada, conforme as especificações técnicas de cada vacina e as instruções do fabricante.

Nos locais de vacinação devem existir "profissionais de saúde com treino e formação para a vacinação e para a atuação em caso de reações anafiláticas" e "equipamento e medicamentos para o tratamento de reações anafiláticas", refere a DGS.

A norma diz ainda que antes da vacinação contra a covid-19 "é obrigatória a consulta da Plataforma Nacional de Registo e Gestão da Vacinação -- VACINAS para verificar o estado vacinal contra a covid-19 da pessoa a vacinar".

Quanto aos profissionais de saúde diretamente envolvidos na prestação de cuidados a doentes não integrados em entidades prestadoras de cuidados de saúde ou não inscritos em associações públicas profissionais e que querem ser vacinados, a norma diz que se podem inscrever através do portal COVID19 (https://covid19.min-saude.pt/).

"Estes profissionais serão convocados para vacinação nos pontos de vacinação dos ACES", acrescenta.

Em relação às pessoas dos grupos de risco por idade e comorbilidades da Fase 1 que não sejam seguidas no Serviço Nacional de Saúde, "os respetivos médicos assistentes devem emitir uma declaração médica, obrigatoriamente por meios eletrónicos, da sua inclusão na Fase 1, de forma a permitir o agendamento automático para a vacinação contra a covid-19 num ACES", adianta.

09 fev 2021 09 de fevereiro de 2021 às 09:27
autor Ana Bela Ferreira

Equipda da OMS na China vai falar à imprensa

A equipa da Organização Mundial da Saúde (OMS), que se encontra em Wuhan, na China, vai falar esta terça-feira à imprensa, indica a Reuters.

A equipa está na cidade onde foi detatado pela primeira vez o novo coronavírus com o objetivo de descobrir a origem da pandemia que há um ano se espalhou por todo o mundo.

Os peritos já visitaram hospitais, laboratórios e o mercado de animais vivos, onde foi identificado o início do surto.

09 fev 2021 09 de fevereiro de 2021 às 09:19
Lusa

Espanha mantém restrições na fronteira até março

O Governo espanhol prolongou as restrições nas fronteiras terrestres com Portugal, devido à pandemia de covid-19, até 01 de março, de acordo com uma resolução publicada esta terça-feira no Boletim Oficial do Estado espanhol.

Segundo o Ministério do Interior espanhol (Administração Interna) apenas podem atravessar as fronteiras autorizadas os residentes em Espanha, trabalhadores transfronteiriços, motoristas de veículos de mercadorias ou perante questões essenciais.

"A severidade das medidas restritivas da mobilidade ainda em vigor em Espanha e Portugal recomenda a manutenção, [...], de controlos na fronteira terrestre interna entre os dois países com as mesmas limitações que foram aplicadas durante os 10 dias iniciais", segundo a publicação correspondente ao Diário da República em Portugal.

A resolução anterior foi prorrogada até 10 de fevereiro e agora o Ministério do Interior espanhol concordou num novo prolongamento até ao primeiro dia de março.

Estas medidas foram tomadas em coordenação com o Governo português, que em 28 de janeiro último decidiu limitar as deslocações para fora do território continental, por qualquer meio de transporte, e repor o controlo nas fronteiras terrestres.

Lisboa e Madrid estipularam que há oito pontos de passagem permanentes entre os dois países, designadamente em Valença, Vila Verde da Raia, Quintanilha, Vilar Formoso, Marvão, Caia, Vila Verde e Castro Marim, e seis pontos de passagem em horários específicos.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.316.812 mortos no mundo, resultantes de mais de 106 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Calado é Camões

O senhor Dr. Durão Barroso teve, enquanto primeiro-ministro, a oportunidade, de pôr as mãos na massa da desgraça nacional e transformá-la em ouro. Tantas capacidades, e afinal, nestum sem figos.