Sábado – Pense por si

Ela espalha azulejos por Lisboa, Porto e Braga

Vanda Marques
Vanda Marques 12 de novembro de 2017 às 19:00

Não pede autorização aos donos das músicas que usa, nem aos donos das fachadas em que trabalha. Afinal, trata-se de espalhar azulejos de madeira pelas cidades. E quem iria reclamar com Joana de Abreu?

Sai de casa sempre com uma fita métrica na mala. Nunca sabe quando se vai cruzar com uma fachada de azulejos a precisar de reabilitação. Joana de Abreu tem 25 anos e já preencheu buracos em 57 edifícios. Nos dias em que se esquece da fita métrica, improvisa: um cartão multibanco serve para tirar o tamanho do buraco. A designer do Porto trabalha sozinha e em plena luz do dia. Esta arte urbana não se faz às escondidas e nem é preciso fugir da polícia. Por vezes, mete conversa com quem vive no prédio, outras aproveita as fachadas de casas devolutas para colar os azulejos de madeira com mensagens ou letras de músicas portuguesas. "Não tenho assistentes. É um trabalho tão pessoal que tatuei azulejos no braço", diz à SÁBADO.

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