Sábado – Pense por si

Eduardo Lourenço: o ensaísmo português nunca mais será o mesmo

Eduardo Pitta 01 de dezembro de 2020 às 17:09

Com a morte de Eduardo Lourenço, ocorrida hoje, aos 97 anos, Portugal perdeu o seu último maître à penser. Dito de outro modo, o ensaísmo português nunca mais será o mesmo. Não tratamos de avaliar a qualidade do que fica, apenas a peculiar singularidade de um pensamento.

Conselheiro de Estado e antigo administrador não executivo da Fundação Calouste Gulbenkian, Eduardo Lourenço nasceu no seio de uma família conservadora, em São Pedro de Rio Seco, pequena aldeia raiana da Beira Alta, no dia 23 de Maio de 1923 (embora seu pai, à época 1.º sargento de Infantaria destacado em Coimbra, só o tenha registado no dia 29). Foi o primeiro dos sete filhos do casal. Depois dos primeiros estudos na aldeia Natal e na Guarda, ingressou em 1934 no Colégio Militar, estando já o pai colocado em Moçambique. A formação universitária fê-la na Universidade de Coimbra, cidade onde colaborou na imprensa local e concluiu a licenciatura em Ciências Histórico-Filosóficas.

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