Sábado – Pense por si

Crítica em quarentena: Spenser Confidencial, o péssimo blockbuster da Netflix

Tiago Santos 25 de março de 2020 às 15:00

O crítico da SÁBADO faz aqui uma "longa autópsia a um mau filme americano", disponível em streaming

Não foi há muito tempo que Mark Wahlberg admitiu, numa entrevista, que um dos seus maiores arrependimentos como actor foi ter sido o protagonista deBoogie Nights, o maravilhoso porno-épico de Paul Thomas Anderson. O receio de Wahlberg é que Deus e Família não se sintam confortáveis em ambientes tão sórdidos. Mas se o Todo Poderoso (qualquer um deles) existir e for justo, serão títulos comoSpenser Confidencial, agora disponível para streaming na Netflix, que irá condenar o actor de Boston - nomeado para o Óscar de Melhor Actor Secundário porThe Departed – Entre Inimigos (2006) – a um dos círculos do inferno. Talvez fique logo ali no terceiro, junto dos gulosos. Não que Wahlberg pareça ter grande apetite por coisa alguma: a sua interpretação nesta quinta colaboração consecutiva com Peter Berg (as coisas vão ficando pior a cada título) é, nos seus melhores momentos, sonâmbula. Procurando muito bem, encontra-se resquícios de uma motivação: a vaidade.

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