Sábado – Pense por si

Como os pilotos aguentam a pressão

Dina Arsénio com Vanda Marques 08 de abril de 2018 às 20:00

Um motim, a morte de um passageiro e até um nascimento a bordo. Estas foram algumas das situações mais críticas presenciadas por dois comandantes.

Já imaginou estar dentro de um avião com 240 pessoas a bordo e um motim a acontecer? Pior, ser o comandante do avião. Foi o que aconteceu a Rodrigo Melo, comandante da EasyJet, que teve de aterrar de urgência em Barcelona. Muitos dos passageiros tiveram de ser internados no hospital, alguns até saíram do avião com braços partidos. "Começaram todos à pancadaria. Foi a situação em que estive menos à vontade. Não era nada técnico, mas não sabia como estava a minha tripulação", explica à SÁBADO o comandante, de 52 anos. É que depois do atentado terrorista de 11 de Setembro, a porta do cockpit passou a estar sempre fechada quando o voo se inicia. Volta a abrir-se quando aterra e os motores estão parados. "Dessa vez, antes de aterrarmos foram 35 minutos e a pique. É pior que uma avaria técnica, muito pior. Foi uma coisa complicada", recorda.

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