Sábado – Pense por si

Como eles deram a volta a uma doença grave

Lucília Galha
Lucília Galha 15 de março de 2020 às 08:00

Quando menos esperavam, descobriram que tinham uma doença para a vida - que podia significar a morte. Nunca mais se esqueceram desse preciso momento. Mas recusaram que o dignóstico os definisse como pessoas ou resumisse a sua vida

"A médica passou-me a mão pelas costas, sorriu e disse-me para me sentar na marquesa. Senti alguma coisa no olhar dela. ‘Minha querida, você tem um cancro.’ Ela já disse aquilo triliões de vezes, saiu muito fácil, mas aquela frase ficou na minha cabeça. Eu fiquei tonta, comecei a chorar. Não sei como cheguei ao meu carro e saí do hospital. Não sabia se queria fugir, sair correndo, pensar no que perdi, no que tinha para ganhar... Simplesmente chorava e sentia aquela dor do meu novo eu, o meu eu com o cancro."

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Dez observações sobre a greve geral

Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.

Adeus, América

Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.