Sábado – Pense por si

Clara Pinto Correia (1960-2025) | Glória de Matos (1936-2025)

Diogo Barreto
Diogo Barreto 16 de dezembro de 2025 às 23:00

Tão intelectual quanto pop-star, foi um dos eixos da revolução cultural portuguesa do pós-25 de Abril. Cientista e escritora, foi-se afastando gradualmente da vida pública, mas a marca não desapareceu. Morreu em Estremoz, aos 65 anos

Em 1985, a estrela em ascensão Clara Pinto Correia devia tanto a Jane Birkin como a Simone de Beauvoir. Inteligente, jovem, bonita e irreverente, chocava de frente com o ar sisudo e cinzento da maior parte dos intelectuais que apareciam na televisão a apresentar os seus livros ou a discutir ciência. Cientista e escritora em igual medida, veio quebrar barreiras no mundo da edição e da academia, a maior parte das vezes com um sorriso na cara.

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Dez observações sobre a greve geral

Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.

Adeus, América

Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.