Sábado – Pense por si

Bolsonaro, este Messias defende a tortura...

Carlos Torres
Carlos Torres 18 de junho de 2020 às 07:03

...e diz que preferia que um filho seu morresse num acidente a ser gay. Eis Bolsonaro, que anda a semear polémicas há 30 anos. Esta semana, a SÁBADO oferece a biografia do presidente do Brasil escrita por Joaquim Vieira

Eleito deputado federal pela primeira vez em outubro de 1991, Jair Messias Bolsonaro teve, nos 25 anos seguintes, um fraco contributo legislativo: apenas dois projetos de lei aprovados. O capitão do Exército (na reserva desde 1988) destacou-se mais pelas suas posições provocatórias em defesa da ditadura militar (que vigorou no Brasil entre 1964 e 1985) e contra a esquerda e os direitos das minorias: mostrou-se favorável ao uso da tortura nos interrogatórios; defendeu o regresso da pena de morte e da prisão perpétua; disse que preferia que um filho seu morresse num acidente a ser homossexual; criticou o facto de "os índios fedorentos" possuírem 12% das terras do país em reservas; argumentou que as mulheres não podiam ter os mesmos salários do que os homens, porque estas "engravidam, o que, devido às licenças de maternidade, prejudica a produtividade das empresas"; e classificou a democracia de "porcaria", revelando: "Isto só vai mudar quando partirmos para a guerra civil, matando uns 30 mil."

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais

O resort mais rico e fechado

Não foi fácil, mas desvendamos-lhe os segredos do condomínio mais luxuoso de Portugal - o Costa Terra, em Melides. Conheça os candidatos autárquicos do Chega e ainda os últimos petiscos para aproveitar o calor.

Cuidados intensivos

Regresso ao futuro

Imaginemos que Zelensky, entre a espada e a parede, aceitava ceder os territórios a troco de uma ilusão de segurança. Alguém acredita que a Rússia, depois de recompor o seu exército, ficaria saciada com a parcela da Ucrânia que lhe foi servida de bandeja?