Sábado – Pense por si

Acabaram-se os beijinhos para cumprimentar?

Vanda Marques
Vanda Marques 20 de setembro de 2021 às 08:00

Já ninguém se cumprimenta com dois beijinhos, por culpa da pandemia. Mas a falta da tradição milenar europeia – nada saudável – está a criar ansiedade.

Durante mais de um ano – precisamente 16 meses – Anabela não deu um único beijinho à filha nem ao neto. Com 74 anos, confessa que foi duro. “Deu-me saudades. Nunca fui muito beijoqueira, mas que tristeza só os ver de máscara...” Foi há um mês que finalmente pôde beijar a família, a viver no mesmo prédio. Apesar de confiante, Anabela Antunes não pensa voltar aos beijinhos estilo pré-pandemia. Mais difícil é com algumas das suas companheiras do projeto A Avó Veio Trabalhar, criado por Ângelo Campota. “Temos um ambiente muito familiar, sempre houve beijinhos e abraços. Mas tivemos de mudar o comportamento, por mais difícil que seja. Muitas das nossas avós substituíram o beijo por uma festinha no braço”, explica o psicólogo. Mas será que a pandemia acabou com esse hábito do tempo dos romanos e que tanta falta tem feito a avós e netos?

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