Sábado – Pense por si

A porteira que não quis medalhas

Joana Carvalho Fernandes 17 de julho de 2016 às 08:00

Paula Vieira vive em Paris, junto ao Bataclan. Na noite dos atentados de 13 de Novembro, abriu a porta a cinco agentes da polícia, que usaram o seu prédio para disparar contra os terroristas

A campainha tocou às 22h20. "Abra a porta, é a polícia!" As pernas de Paula Vieira, porteira no número 54 do Boulevard Voltaire, no 10º bairro de Paris, tremiam. "Não sabia o que fazer. Podia ser mentira", conta à SÁBADO. O marido, Alberto, achou melhor acederem. "Os agentes tinham tocado para todos os prédios e ninguém respondera", acrescenta a mulher. Eram cinco, de cara tapada e armas apontadas. "Gritaram para sairmos de mãos na cabeça e nos encostarmos à parede." Para a portuguesa, a decisão não vale uma medalha.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais