Sábado – Pense por si

Ir à escola no intervalo da quimioterapia

Ana Catarina André 23 de julho de 2016 às 08:00

Sessões individuais por Skype, testes no hospital e apoio de professores no IPO. Quando o cancro muda a vida de uma criança, a esperança pode estar nas aulas

O exame nacional de Física e Química chegou ao Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto escoltado pela polícia. À espera da prova, numa sala do piso térreo do hospital, estavam dois professores vigilantes e apenas um estudante do 11º ano: Alexandre Curopos, de 17 anos. Durante três horas – teve direito a meia hora extra por estar doente – respondeu "às questões que sabia" e saiu "confiante num resultado para passar". Depois, regressou ao isolamento no serviço de Pediatria, onde entrara pela primeira vez seis meses antes, em Janeiro de 2014. "Deixei de ir às aulas quando comecei a fazer quimioterapia, no início desse ano. Tive 6,5 a Física e Química, mas como a nota do 1º período eram boa (17), acabei a disciplina com 13", diz, explicando que o enunciado da prova foi transportado pelas autoridades de segurança como acontece em todas as escolas.

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