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Tempo fora da ribalta ajudou atriz Renée Zellweger a apreciar melhor a consagração

10 de fevereiro de 2020 às 07:51

Atriz embarcou num hiato de representação durante seis anos, período durante o qual esteve afastada dos olhares do público.

Dezasseis anos depois de receber o seu primeiro Óscar, Renée Zellweger ganhou uma perspetiva diferente ao levar novamente a estatueta pelo papel de Judy Garland em "Judy", na 92.ª edição dos prémios da Academia.

Nos bastidores da cerimónia, com o Óscar de melhor atriz principal na mão, Zellweger disse que agora está "mais presente" que em 2004, quando foi considerada a melhor atriz secundária, em "Cold Mountain".

"O tempo que estive longe e o tempo que passou ajudou-me a apreciá-lo de uma forma diferente", disse a atriz. "Olho para isto de outra forma e o que representa é um pouco diferente".

Renée Zellweger embarcou num hiato de representação durante seis anos, período durante o qual esteve afastada dos olhares do público.

Com "Judy", a consagração da atriz nos Óscares 2020 já era esperada, depois das vitórias nos Globos de Ouro, nos prémios da academia britânica (BAFTA), do Sindicato dos Atores (prémios SAG) e em outras cerimónias da temporada.

"Não me consigo extrair da colaboração, a única coisa que fiz sozinha foi cantar dentro do meu carro no trânsito da [autoestrada] 405 durante um ano", disse Zellweger, mostrando-se emotiva com a reação dos bastidores à sua vitória.

"Toda a gente estava motivada pela mesma coisa, apreciávamos a importância do legado de Judy [Garland] e quem ela era como pessoa, e queríamos celebrá-la", contou, comparando o trabalho no estúdio do filme com uma operação de mineração.

"Estávamos à procura de qualquer material sobre o seu legado, a sua música, os livros, entrevistas, o programa de televisão", disse. "Tudo o que parecesse essencial para invocar a sua essência e contar a história".

O filme, realizado por Rupert Goold, procurou mostrar Judy Garland a uma outra luz, e questionar os estereótipos associados à atriz que ficou eternizada como Dorothy em "O Feiticeiro de Oz".

"Foi a oportunidade de contar uma história que desafia a narrativa e diz: 'não, não se pode saber quão extraordinária é uma pessoa até conhecer as dificuldades por que passou e o que conseguiu ultrapassar'", disse Zellweger. "Para mim, é isso que isto é".

A atriz mostrou-se contente por ver que algo que teve tanta importância para si ressoou com as outras pessoas. "É sempre uma reação maravilhosa e quase inesperada para qualquer pessoa que cria arte", disse, garantindo que vencer o Óscar de Melhor Atriz não era aquilo em que estava a pensar quando começou esta experiência.

"Quando penso nos dois anos em que partilhámos a celebração dela [Judy Garland] e o contar da sua história, essa é a bênção".

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