Os hoteis-cápsula estão a crescer na Europa. A ideia nasceu no Japão há 45 anos.
Imagine-se a dormir num espaço com pouco mais de dois metros quadrados. Não é preciso estar a cumprir pena num estabelecimento prisional sobrelotado ou a fazer uma soneca num gavetão do Instituto de Medicina Legal. Esta é uma opção de alojamento que existe há 45 anos, surgiu pela primeira vez no Japão e já se espalhou pelo mundo. Na Europa, há cada vez mais opções dos chamados hotéis-cápsula, com uma empresa suíça a apostar forte no mercado e a expandir agora o negócio para a Dinamarca.
Tudo começou em 1979, em Osaka, no Japão. Foi o Capsule Inn Osaka, no bairro de Umeda. O responsável pela criação do conceito foi o arquiteto Kisho Kurokawa, que pensou num hotel com dezenas de pequenos quartos com dois metros de comprimento, um de altura e outro de largura. A ideia era criar uma oferta de alojamento barato, simples e prático para trabalhadores em trânsito, em contraponto aos valores praticados pelos hotéis convencionais. O projeto teve tal aceitação que se tornou um traço cultural das grandes cidades japonesas, povoadas por milhões de pessoas.
Do Japão, os hotéis-cápsula chegaram a outros destinos, da Coreia do Sul à Índia, passando por Hong Kong, Indonésia, China ou Canadá. Na Europa, Espanha, Países Baixos e Polónia também já têm as suas ofertas, mas é na Suíça que o negócio está a atingir nível de destaque.
A empresa helvética Capsule Hotel foi fundada em 2018 e especializou-se neste tipo de oferta, com espaços com 2,64 metros quadrados de área vocacionados para viajantes em negócios e turistas com orçamentos reduzidos. De qualquer forma, enquanto os preços na Ásia, por exemplo, rondam os 30 euros por noite, esta oferta suíça mais do que dobra o valor: cerca de 70 euros por noite. A empresa tem dois hotéis-cápsula em Lucerna, um em Basileia e outro no aeroporto de Zurique, o maior da Europa, com 144 camas. Agora, começou a internacionalização do projeto, com a construção de um destes hotéis em Copenhaga, na Dinamarca, no bairro de Vesterbro, perto da principal estação ferroviária. Tem 22 cápsulas, bar e sala de cinema para oito pessoas. Nos próximos tempos, a ideia é apostar na Europa Central e do Norte, chegando a 15 destinos, e 2.000 camas, até 2030.
Em Portugal, os hotéis-cápsula também já são uma realidade. Os Zero Hotels estão presentes no Porto e em Coimbra desde 2021. E, em Lisboa, está em construção uma unidade, na Avenida Almirante Reis, com uma oferta de 54 cápsulas instaladas no quarto piso de um antigo mosteiro do século XVI. Se os espaços apertados não lhe causam pavor e aprecia o conceito minimalista, há que experimentar.
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