Krystsina Tsimanouskaya, atleta bielorrussa que pediu asilo político em plenos Jogos Olímpicos, pede que os seus concidadãos sigam o seu exemplo e "deixem de ter medo".
A velocista bielorrussa que pediu asilo político em plenos Jogos Olímpicos Tóquio2020, Krystsina Tsimanouskaya, exorta os seus concidadãos a seguir o seu exemplo e espera que "deixem de ter medo".
Em entrevista à France Presse e a propósito do primeiro aniversário de uma eleição presidencial contestada na Bielorrússia, Tsimanouskaya diz que o seu país "já não é seguro para os próprios cidadãos".
"As pessoas têm medo de ir a manifestações porque têm medo de ser agredidas, têm medo de acabar na prisão", explica a atleta de 24 anos, que se asilou na Polónia e deu a entrevista nas intalações da Fundação Bielorussa de Solidariedade Desportiva Pró-Oposição (BSSF).
"Gostava que o meu país fosse livre, gostava que cada cidadão tivesse direito à liberdade de expressão, que todo o mundo pudesse viver uma vida normal e deixe de ter medo", disse Tsimanouskaya, que assume que gostaria de regressar ao país para junto a família, mas só quando for "seguro e livre".
Questionada sobre o presidente Aleksandre Lukachenko, que dirige o país de forma autoritária desde 1994, responde que "provavelmente o país só será livre sem ele".
Durante os Jogos Olímpicos, a atleta desentendeu-se com os treinadores e dirigentes, que acusou de terem tentado levá-la à força para a Bielorrússia.
Temendo ir para a prisão se regressasse, conseguiu ajuda da polícia japonesa e depois um visto humanitário da Polónia.
Na quarta-feira chegou a Varsóvia, via Viena, para se encontrar com o marido, que também consegui um visto da Polónia.
Tsimanouskaya explicou o que a persuadiu a pedir ajuda à polícia, quando já estava a caminho do aeroporto - um telefonema da avó, a dizer-lhe que não devia regressar e que devia fazer tudo para não regressar.
A atleta diz agora que temeu que se regressasse fosse para "uma clínica psiquiátrica ou para a prisão".
Acusada por Lukachenko de estar "controlada" por Varsóvia, defende-se: "Não é de todo verdade. Fui eu mesma que pedi ajuda, à última hora".
No seguimento do incidente, dois treinadores bielorrussos viram retirada a acreditação pelo Comité Olímpico Internacional, que iniciou um inquérito ao sucedido.
Tsimanouskaya assegura que há mais pessoas na mesma situação na Bielorrússia, a quem exorta que "juntem coragem suficiente" para deixar o país.
Segundo a BSSF, sete atletas estão na prisão na Bielorrússia, como prisioneiros políticos, e 36 atletas e treinadores foram dispensados das seleções nacionais por opiniões políticas.
Para ajudar a Fundação e os desportistas, Krystsina Tsimanouskaya colocou no eBay a medalha de prata que ganhou nos Jogos Europeus que se realizaram em Minsk em 2019.
Quanto ao seu futuro desportivo, respondeu que tem apoio prometido da Polónia e que espera ser autorizada a correr por outra seleção. "Olho para os próximos Jogos Olímpicos, quero participar", assumiu.
Velocista pede a bielorrussos para "deixarem de ter medo"
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