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V. Setúbal e Aves anunciam recurso da exclusão das provas profissionais

Vitória de Setúbal e Desportivo das Aves foram impedidos de se inscreverem nas competições profissionais.

O Vitória de Setúbal vai recorrer da decisão do impedimento de se inscrever nas competições profissionais, depois de a Comissão de Auditoria da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) ter reprovado o seu processo de licenciamento. O Desportivo das Aves diz que vai também recorrer da decisão.

O anúncio foi feito pelo clube da I Liga de futebol em comunicado no sítio oficial do clube na internet.

"Na sequência do comunicado emitido pela Liga Portugal relativo ao chumbo da inscrição nas competições profissionais para a época 2020/21, o Vitória Futebol Clube vem por este meio comunicar que irá recorrer da decisão para o Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol", escreveram.

O emblema setubalense, presidido por Paulo Gomes, refere que vai trabalhar de forma a resolver a situação.

"Ciente de que a razão está do seu lado, o Vitória Futebol Clube não baixará os braços e continuará a trabalhar arduamente na tentativa de ver resolvido este processo", diz o Vitória de Setúbal, informando que "durante o dia de amanhã [quinta-feira] serão prestados mais esclarecimentos sobre o caso".

"É a decisão esperada, porque sabíamos que nos faltavam alguns pressupostos. No entanto, também se dizia que o Desportivo das Aves não ia jogar com o Benfica e o Portimonense e lá fomos. Vamos aguardar. Os advogados estão a trabalhar e isto pode ser reversível", admitiu à agência Lusa o presidente da direção do Desportivo das Aves, António Freitas.

"Nós metemos um Processo Especial de Revitalização (PER) em tribunal. A qualquer momento o juiz pode despachá-lo e isso altera muita coisa. A partir de hoje temos cinco dias úteis para tentar, dentro da legalidade, colocar este processo em ordem, de forma a que o Desportivo das Aves possa estar no futebol profissional", apontou António Freitas.

A decisão é passível de recurso para o Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol, sendo que a administração da SAD liderada pelo Wei Zhao acumula três meses seguidos de salários em atraso, responsáveis por 10 rescisões unilaterais de atletas, e conta com "total disponibilidade e colaboração" por parte do clube.

"Neste momento tenho falado normalmente com o presidente da SAD e estamos unidos para conseguir ultrapassar todos os problemas. Eu não confundo as coisas e não estou de costas viradas com ele. Parece que a administração tem investidores. Se ficarmos na II Liga, eu também tenho investidores interessados e, sobretudo, idóneos", assegurou.

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