Nacionalidades brasileira, nepalesa e bengali compõem o top 3.
Um em cada três bebés que nascem na Maternidade Alfredo da Costa (MAC) é filho de mãe estrangeira, a maioria das quais de nacionalidade brasileira e nepalesa, anunciou hoje essa unidade de saúde de Lisboa.
Pedro Catarino
"A percentagem de bebés nascidos de mãe estrangeira na Maternidade Dr. Alfredo da Costa tem vindo a aumentar nos últimos anos, situando-se, no final de novembro deste ano, nos 32%", adiantou a MAC em comunicado para assinalar o Dia Internacional dos Migrantes, que se assinala no domingo.
Segundo a maternidade, que completou no início deste mês 90 anos, em 2017 os partos de mulheres estrangeiras representavam 20% do total de nascimentos registados na MAC.
De acordo com os dados agora divulgados, no grupo das grávidas estrangeiras residentes em Portugal que dão à luz na MAC, a nacionalidade brasileira aparece em primeiro lugar (21,9%), seguindo-se a nepalesa (15,2%), a bengali (Bangladesh) (11,6%) e a angolana (7,1%).
A MAC, que integra o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC), realizou ainda partos de mulheres com nacionalidade da Guiné-Bissau, de São Tomé e Príncipe, de Cabo Verde, da Índia e do Paquistão.
A maternidade salienta que, face a esse aumento, tem vindo a adaptar-se à "diversidade cultural, respeitando a multiculturalidade" nos diversos serviços que disponibiliza, ultrapassando a barreira da língua, quando necessário, com o recurso às novas tecnologias de informação e ao serviço de tradução telefónica, que está disponível em 60 línguas.
"Existem também pessoas de referência destas comunidades às quais se pode pedir ajuda", assegurou a MAC, ao avançar que, no caso do serviço de urgência, é disponibilizado um manual de acolhimento com tradução em nove línguas, que "facilita a intervenção da equipa de saúde junto da população imigrante".
A adaptação ao número crescente de mães oriundas de outros países implica igualmente "conhecer e respeitar as diferentes dinâmicas familiares, como ritos ligados à feminilidade e à maternidade, desde que garantida a segurança da mãe e do recém-renascido", sublinhou a maternidade.
No que se refere aos hábitos alimentares, a MAC adianta que as suas nutricionistas "aprofundaram o seu conhecimento para adequação das dietas às necessidades nutricionais da gravidez, não descurando as culturas próprias", uma intervenção importante na consulta de gravidez e diabetes, "doença muito prevalente entre a população asiática".
"A articulação da MAC com as estruturas de apoio destas comunidades e com os cuidados de saúde primários tem permitido desenvolver redes de apoio e ir ao encontro das necessidades da grávida e da família, de forma a criar as melhores condições de acompanhamento durante a gravidez e após o nascimento do bebé", assegurou a maternidade.
Desde 5 de dezembro de 1932, quando abriu portas pela primeira vez, até 30 de novembro deste ano, foram realizados na MAC mais de 605 mil partos.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Por incúria, má-fé, incompetência ou irresponsabilidade institucional o estado português dá o flanco e é assim que se caminha para a desgraça em todas as guerras.
A inteligência artificial já é utilizada para detetar padrões de comportamento anómalos nas redes governamentais e militares, permitindo identificar ciberataques antes que causem danos significativos.
Os municípios portugueses têm tido um papel fulcral na promoção da saúde, do bem-estar e da inclusão. E é justamente neste âmbito que se destaca o contributo que a psicologia como ciência e profissão pode dar no cumprimento e na otimização dessa missão.