A atleta etíope dedicava-se aos 800 metros mas decidiu optar pela maratona. Correu-a pela primeira vez na Arábia Saudita e em Berlim, quebrou o recorde mundial.
A etíope Tigst Assefa pulverizou hoje o recorde mundial feminino da maratona, ao vencer em Berlim em 2:11.53 horas, retirando mais de dois minutos à anterior melhor marca, da queniana Brigid Kosgei.
Kosgei era a detentora do recorde desde 13 de outubro de 2019, quando venceu a maratona de Chicago, nos Estados Unidos, em 2:14.04 horas, fazendo então cair o máximo da britânica Paula Radcliffe (2:15.25, em Londres, em 13 de abril de 2003).
Em Berlim, Assefa, de 26 anos, repetiu o triunfo do ano passado, então em 2:15.37 horas. A jovem só começou a correr maratonas em 2022 e considerou esta conquista um resultado do "trabalho duro ao longo do último ano". A atleta dedicava-se aos 800 metros e representou a Etiópia nos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro nessa modalidade. "Queria quebrar o recorde mas isso não era esperado", afirmou este domingo.
A sua primeira maratona foi a de Riade, Arábia Saudita em 2.34.01. Com o tempo conquistado em Berlim (2:11.53) deverá ter um lugar marcado na equipa olímpica da Etiópia em 2024. "Estabeleci uma marca agora. A decisão não é minha mas dos oficiais. Cabe ao Comité Nacional selecionar-me para a equipa."
Na primeira metade, já tinha conseguido 1.06.20, mas tornou-se ainda mais rápida na segunda parte. "Eu sabia que queria ir atrás do recorde mundial mas nunca pensei que conseguisse desta vez."
Segundo o jornal The Guardian, a atleta usou um par de ténis que podem garantir lucros à Adidas. Os Adizero Adios Pro Evo 1s apresentam-se como desenvolvidos para a prática da corrida e a sua venda arranca no dia 26. No Reino Unido, custarão 400 libras (460 euros).
A maratona de Berlim foi ainda marcada por ameaças de ativistas pelo clima, que tentaram entrar na pista com baldes de tinta laranja. Contudo, foram travados e levados pela polícia antes do arranque da competição.
Na prova masculina, o queniano Eliud Kipchige, de 38 anos, tornou-se o primeiro a vencer pela quinta vez, repetindo 2015, 2017, 2018 e 2022, mas, com 2:02.42 horas, não bateu o seu recorde mundial, de 2:01.09, conseguido na edição do ano passado.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Queria identificar estes textos por aquilo que, nos dias hoje, é uma mistura de radicalização à direita e muita, muita, muita ignorância que acha que tudo é "comunista"
Trazemos-lhe um guia para aproveitar o melhor do Alentejo litoral. E ainda: um negócio fraudulento com vistos gold que envolveu 10 milhões de euros e uma entrevista ao filósofo José Gil.