Insistindo na necessidade de mudança de discurso à esquerda e na convergência após o dia 30, Tavares considerou que a formação de um bloco central é indesejável, principalmente em época de aplicação dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
O dirigente Rui Tavares apelou este domingo ao eleitorado que esteja a pensar votar no Livre para que não sinta "a pressão do voto útil" numa altura em que PS e PSD se aproximam nas sondagens.
"É essencial que todas as pessoas que desejam votar no Livre, que viram que o Livre trouxe conteúdo politico aos debates, que entendem a necessidade de o Livre estar no parlamento, representado da forma mais ampla possível, desejavelmente com um grupo parlamentar, que não deixem de o fazer", apelou Rui Tavares, que esta manhã esteve numa ação de campanha na Serra de Carnaxide, concelho de Oeiras.
O cabeça de lista por Lisboa, acompanhado pelo segundo e terceiro nome na lista para este círculo, Isabel Mendes Lopes e Carlos Teixeira, subiu a uma colina e do alto da Serra de Carnaxide - cuja conservação é defendida pelo partido, travando a construção de projetos urbanísticos na área - pediu ao eleitorado para que não se sinta pressionado pela aproximação entre PS e PSD na reta final da campanha.
"Que não sintam a pressão do voto útil nos últimos dias, porque o voto útil é mesmo em ter este sentido de responsabilidade e em ter esta visão de futuro no parlamento", vincou, insistindo que "um voto no Livre em qualquer distrito é um voto útil, é um voto construtivo".
Para o dirigente "ao mesmo tempo, nitidamente é preciso sair desta política taticista, sair das vistas curtas que às vezes os diretórios partidários têm e é preciso votar com visão de futuro".
"A partir de 31 de janeiro uma coisa é certa: vai ser preciso reconstruir muito e também reconstruir muito à esquerda", disse.
Insistindo na necessidade de mudança de discurso à esquerda e na convergência após o dia 30, Tavares considerou que a formação de um bloco central é indesejável, principalmente em época de aplicação dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Para Tavares, "para mobilizar eleitorado de esquerda é necessário que outros partidos" também apelem à convergência, defendendo que se não o disserem, "o eleitorado à esquerda deve fazer uma escolha pelo Livre porque sabe que o Livre transmite essa mensagem".
"Porque a partir de certa altura, entre as polémicas e os ataques cruzados entre partidos de esquerda chegamos à conclusão de que há uma mensagem e há uma linguagem que, de facto, os partidos entendem sempre que é o do voto na urna. E, portanto, votos reforçados no Livre passam a mensagem a toda a gente que é preciso ser responsável, é preciso ter visão de futuro e é preciso reconstruir aquelas pontes que alguns agora parecem tão empenhados em destruir", rematou.
O dirigente do Livre votou hoje antecipadamente, na Cidade Universitária, em Lisboa.
Rui Tavares apela a quem quer votar no Livre para que não sinta pressão do voto útil
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Trazemos-lhe um guia para aproveitar o melhor do Alentejo litoral. E ainda: um negócio fraudulento com vistos gold que envolveu 10 milhões de euros e uma entrevista ao filósofo José Gil.