Numa intervenção no 3.º encontro Nacional das Mulheres Social-Democratas, uma estrutura informal que não está nos estatutos do PSD, Rio foi questionado sobre como lidaria como a tragédia dos incêndios, se fosse primeiro-ministro, tendo o antigo autarca separado o que seria a sua resposta às vítimas da solução estrutural.
"Cuidaria de que esse apoio às pessoas seria muito mais rápido e muito mais cedo. Não é o primeiro-ministro que faz isso, mas é ele que escolhe as pessoas, o seu perfil, e as coloca nos sítios certos", defendeu, lamentando "alguma lentidão" que se tem verificado neste ponto.
No entanto, Rio vincou que a maior diferença em relação ao actual Governo seria na "resposta estrutural" aos incêndios.
"No plano estrutural, seguramente não tinha feito como o Governo: haver um incêndio no domingo e estar a fazer um Conselho de Ministros no sábado seguinte e o problema estar resolvido do ponto de vista estrutural. Isto não existe, isto é impossível", afirmou.
Para Rui Rio, ou o trabalho "já estava feito" antes dos incêndios de 15 de Outubro e então "já devia ter sido implementado". Se não estava feito, como o antigo autarca acredita, então deveria ter havido um debate com todos os outros envolvidos no problema: os restantes partidos, os agentes no terreno e as autarquias.
"Isto não se fazia em cinco dias, fazia-se em três, quatro ou cinco meses, mas é preferível ter uma política estrutural que demore mais e vai ficar", defendeu.
Para Rui Rio, em cinco dias teria sido preferível "mostrar serviço" no auxílio às populações em vez de tentar desenhar uma política estrutural.
As eleições directas para a liderança do PSD disputam-se a 13 de Janeiro e, além de Rui Rio, é candidato Pedro Santana Lopes.