Angela Merkel é a querida Madame Min do sonho europeu. Amorosa e amoral. As suas palavras são feitiços mortais sobre a UE e o euro.
São vudu sobre os países periféricos. Se a senhora Merkel é o músculo amigo da Europa, chamemos Átila, o Huno, para nos salvar. As suas declarações sobre os países periféricos, especialmente Grécia, Portugal e Espanha, são a voz do polícia bom antes de mandar o polícia mau para nos torturar. É oficial. A classe política dos países mediterrânicos fez um grande favor à Alemanha: endividaram-se para comprar produtos alemães, destruíram a sua agricultura e indústria para receber subsídios, emprestaram a sua fraqueza económica para que o euro fosse competitivo para as exportações alemãs. Esta é a nossa paga, antes do dinheiro que entra no sul regressar para alimentar a deficiente banca alemã. O caminho da rua do euro está apontado. À Grécia, depois de devidamente humilhada. A Portugal, daqui a dois ou três anos. À Espanha, a seguir. A nova Europa está a ser forjada pela senhora Merkel com a ajuda do senhor Sarkozy. Acreditam que o feitiço não se virará contra os feiticeiros porque é fácil invocar o número de dias de férias dos outros como trunfo eleitoral xenófobo. É por isso que o debate de sexta-feira entre José Sócrates e Passos Coelho também é importante. Que resposta terá Portugal a uma humilhação anunciada que servirá como uma guilhotina pendente sobre o que resta do nosso orgulho? O que a senhora Merkel diz não é um sofisma ingénuo. É o anunciar do que nos acontecerá. Tem a nossa classe política alguma poção mágica contra a nova Madame Min?
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O Novo Banco não encherá só os bolsos da Lone Star: no mundo ligado pela finança, os ganhos vão para bombeiros em LA, polícias em Chicago, professores no Texas
Por mais grave e chocante que o caso de Bolsonaro seja, a sua sentença é um sinal de funcionamento do regime democrático brasileiro e, por isso, um sinal de esperança no futuro
Com preços inflacionados e bases de dados suspeitas, este ano já foram pagos mais de 230 milhões de euros aos médicos tarefeiros. E ainda: as fotos do Portugal antigo e o negócio dos contentores, usados na construção de casas, escritórios ou hospitais
O que os palestinianos nunca aceitaram – um estado independente e soberano ao lado de Israel – é agora reconhecido por Portugal e mais nove países europeus. Que estado é esse, ninguém sabe. Mas o Hamas sabe que, depois do massacre, veio a recompensa.