Aa lei que proíbe a criação, venda e abate de cães para consumo entrará em vigor no prazo de três anos.
A aprovação da lei que proíbe a criação, venda e abate de cães para consumo na Coreia do Sul está a causar apreensão entre os restaurantes sobre o seu futuro e a gerar críticas entre os consumidores.
REUTERS/Yun Suk-bong PE/OCK
O Parlamento sul-coreano aprovou, esta terça-feira, uma lei que proíbe a criação, venda e abate de cães para consumo, que entrará em vigor no prazo de três anos.
As violações desta lei serão puníveis com até três anos de prisão e multa de 30 milhões de won (20.800 euros).
Escondido num beco no mercado de Chilseong, na cidade de Daegu, no sul, o restaurante de Choi Tae-yeon oferece pratos tradicionais sul-coreanos, incluindo carne de cão cozida no vapor ou em caldo.
A carne de cão faz parte da culinária sul-coreana há muito tempo, mas o seu consumo caiu drasticamente nos últimos anos, à medida que cada vez mais jovens urbanos do país gostam de cães como animais de estimação.
"As coisas mudaram radicalmente", contou hoje Choi à agência France-Presse (AFP).
"Antes, quando o negócio corria bem, os comerciantes podiam vender até 30, 40 cães por dia, Atualmente, vendemos em média um ou dois cães", acrescentou a empresária.
Comer carne de cão tornou-se um tabu entre os jovens e a pressão dos ativistas dos direitos dos animais para proibir esta prática intensificou-se.
Choi manifestou-se descontente com a decisão de proibir a carne de cão, embora reconheça que não tem escolha e deve aceitá-la, mesmo que o seu restaurante represente o negócio da sua vida, que pretendia transmitir ao seu filho.
Em dezembro, a imprensa revelou que as vendas de carrinhos para transporte de cães ou gatos ultrapassaram as de carrinhos de criança pela primeira vez em 2023, números que destacam a crise demográfica na Coreia do Sul, um dos países com menor taxa de natalidade, e o entusiasmo dos sul-coreanos por animais de estimação.
Choi tentou de tudo para ganhar a vida, desde comida de rua até vender massa nos mercados, antes de abrir o seu restaurante e obter sucesso.
"É muito desconcertante que termine assim", apontou, com lágrimas nos olhos.
Com a mudança de atitudes nos últimos anos, os vendedores de carne de cão nos mercados têm enfrentado assédio constante por parte de ativistas dos direitos dos animais, que organizam protestos à porta de restaurantes e dedicam-se à difamação, frisou Choi.
O beco, antes muito animado com os seus restaurantes que ofereciam especialidades de carne de cão, estava hoje vazio.
Mas Choi frisou que tem visto mais clientes desde que a lei foi aprovada, face à média dos últimos meses.
Num outro restaurante especializado em carne de cão, um cliente idoso, que se apresentou apenas como Jang, contou que visitou o espaço porque sabia que não conseguiria mais comê-la dentro de três anos.
"Gosto de comer carne de cão porque quando bebo não tenho ressaca no dia seguinte", referiu este cliente.
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