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Procurador-geral da Colômbia diz que país está "inundado em coca"

17 de maio de 2018 às 17:15
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Fernando Carrillo comentou o cultivo de coca em território colombiano e defende a imposição de novas medidas para combater o problema.

Fernando Carrillo, procurador-geral da Colômbia, fez declarações a jornalistas sobre o cultivo de coca no país e disse que este está "inundado (…), especialmente em zonas fronteiriças". Para Carrillo, urge repensar as políticas do país para acabar com os cultivos ilegais e o tráfico.

Em Maio do ano passado, o presidente colombiano - Juan Manuel Santos – lançou um plano de substituição das plantações de coca para os cultivadores (estes deviam substituir o produto ilícito por outros legais). A medida foi tomada no âmbito do acordo de paz entre o governo do país da América do Sul e a guerrilha Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), de forma a tentar resolver meio século de conflito armado.

Para Fernando Carrillo, esta medida tem-se mostrado insuficiente e defende que "há que pensar noutras soluções", em comunicado tornado público pela PGR colombiana.

O procurador-geral destacou também a relação entre as zonas de cultivo de coca e o aumento de "crime organizado, grupos armados e cartéis internacionais" - "onde há cartéis, crime organizado, pouca presença do Estado, a corrupção domina", disse.

O cultivo de coca, um ingrediente base da cocaína, tem sido um problema crescente na Colômbia. Em 2016, aumentou 52% e a área de plantação passou dos 96 mil para os 146 mil hectares, segundo a Agência das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC). O mesmo estudo revelou que houve um aumento de produção de cocaína: 646 toneladas em 2015 para 866 toneladas em 2016.