As autoridades libanesas emitiram o pedido de prisão e extradição deste cidadão português pelo crime de terrorismo e posse de explosivos, punível com pena máxima de prisão perpétua.
A Justiça espanhola libertou provisoriamente um cidadão português procurado pela Interpol e acusado de terrorismo no Líbano, por alegadamente ter levado explosivos para este país utilizados num ataque em Beirute em 2020, que causou mais de 200 mortes.
Fonte oficial da Audiência Nacional, um tribunal espanhol especial que trata dos casos de extradição, disse à agência Lusa que o arguido foi libertado, aguardando a tramitação do seu processo, com as medidas cautelares pedidas pela procuradoria-geral: proibição de sair de Espanha, entrega do seu passaporte e a obrigação de comparecer semanalmente num tribunal.
Segundo a mesma fonte, inicia-se agora um processo de extradição para o estrangeiro que, na sua fase final, terá de receber a aprovação do Governo espanhol.
As autoridades chilenas detetaram inicialmente o arguido, Jorge Manuel Mirra Neto Moreira, 43 anos, no aeroporto de Santiago do Chile, quando este aterrou de um voo proveniente de Madrid.
A polícia internacional no aeroporto de Santiago do Chile verificou que o suspeito tinha um "aviso vermelho" da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) com um pedido a todas as forças policiais do mundo para a sua detenção e voltou a enviá-lo de volta para Espanha.
O cidadão português foi preso à chegada ao aeroporto internacional de Barajas, em Madrid, e apresentado à Audiência Nacional, onde o magistrado decretou a sua libertação provisória, de acordo com o pedido do Ministério Público.
Em comunicado enviado à Lusa, Jorge Moreira assegura que toda a situação "só pode ser entendida como um lapso da Interpol" ao manter ainda ativo o "aviso vermelho".
O português sustenta que o processo de extradição solicitado pelas autoridades libanesas "foi declarado extinto pelos tribunais portugueses", tendo o Tribunal da Relação do Porto "ordenado a comunicação ao SEF [Serviço de Estrangeiros e Fronteiras] e à Interpol da extinção de proibição do signatário se ausentar para o estrangeiro há mais de um ano".
Jorge Moreira insiste que tem feito "a sua vida de forma absolutamente normal" e não ter culpa de as autoridades chilenas não estarem a par dos desenvolvimentos do seu caso em Portugal.
As autoridades libanesas emitiram o pedido de prisão e extradição deste cidadão português pelo crime de terrorismo e posse de explosivos, punível com pena máxima de prisão perpétua, considerando-o responsável pela introdução de "elementos explosivos no Líbano", relacionado com o ataque ao porto de Beirute em agosto de 2020, que causou mais de 200 mortos e 6.500 feridos.
Quase dois anos depois do desastre de Beirute, a investigação do evento permanece em aberto e tem feito poucos progressos devido ao que várias organizações de direitos humanos consideram ser uma obstrução deliberada por parte de personalidades suspeitas que anteriormente tinham altos cargos.
Português suspeito de envolvimento em atentado em Beirute aguarda decisão de extradição
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