Sábado – Pense por si

Porque vai a Quercus dar flores a um ministro?

Substância potencialmente cancerígena tem sido alvo de discussão e espera-se que o Governo crie leis para a sua limitação

A organização ambientalista Quercus oferece hoje flores ao ministro da Agricultura, em reconhecimento pela posição quanto ao uso do glifosato, uma substância que a associação diz ser "potencialmente cancerígena".

Porque está presente na maioria dos herbicidas usados em espaços públicos, o glifosato tem sido alvo de discussão, quer a nível nacional quer da União Europeia, tendo Capoulas Santos proibido um composto daquele produto e anunciado que legislaria no sentido de o limitar, em áreas urbanas.

Hoje, no âmbito da Semana Verde Europeia (GreenWee, de 30 de maio a 03 de Junho), a Quercus oferece flores ao ministro com um cartão no qual se lê, diz a organização em comunicado, "Obrigada, em nome da Biodiversidade e da Saúde Humana".

Capoulas Santos entendeu que "o objectivo de proteger a saúde humana e animal e o ambiente devem ter prioridade sobre o objectivo de melhorar a produção de plantas", diz a Quercus, concluindo que a posição do ministro "é relevante para a saúde e o ambiente em toda a Europa".

Na quarta-feira a Comissão Europeia decidiu propor a renovação temporária da licença para a utilização do glifosato na União Europeia, até ser conhecido o parecer científico da agência europeia de produtos químicos (ECHA), tendo agendado uma votação para segunda-feira.

O comissário europeu da Saúde e Segurança Alimentar, Vytenis Andriukaitis, explicou que, durante a reunião do colégio de comissários, fez um ponto da situação sobre o processo com vista à renovação da licença para o uso em território europeu de glifosato, substância utilizada sobretudo como herbicida e pesticida, mas que segundo alguns pareceres científicos é potencialmente cancerígena.

As negociações entre a Comissão, o Parlamento Europeu e os Estados-membros arrancaram no outono de 2015, mas ainda não conheceram um desfecho, dado não se ter verificado até ao momento uma maioria qualificada entre os 28 Estados-membros representados no comité de peritos, responsável por adoptar uma posição.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.