O "tempo da tática política acabou", afirmou o secretário-geral do PS acerca das negociações do OE2025.
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, alertou hoje que prefere perder eleições a abdicar das suas convicções e reiterou, a propósito da negociação do Orçamento do Estado (OE), que o "tempo da tática política acabou".
EDUARDO COSTA/LUSA
"Prefiro, para ser claro e frontal com todos vós, perder eleições a defender as nossas convicções e aquilo que achamos que é o melhor para o país do que abdicar das nossas convicções para evitar eleições com medo de as perder", afirmou.
O líder socialista falava no 19.º Congresso Regional do PS, que decorreu no Teatro Micaelense, em Ponta Delgada, Açores no dia seguinte às declarações do Presidente da República (PR) sobre o processo negociar do Orçamento do Estado (OE) para 2025.
Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que o executivo "deve perceber que o interesse nacional é mais importante" do que o programa do Governo e "não ser inflexível", alertando que, caso contrário, a decisão passará para "o terceiro partido".
Hoje, Pedro Nuno Santos defendeu que o "voto dos portugueses tem de ser respeitado" e reiterou que "o tempo da tática política acabou".
"Uma viabilização do por parte do PS tem consequência. Não podia deixar de ter. Eu sei, mesmo cá dentro, há quem ache que devíamos viabilizar sem ver, mas para isso tinham de ter um secretário-geral diferente. Nós não viabilizamos OE sem ver. Era o que faltava", reforçou.
O líder socialista salientou que o PS "não quer fazer o Orçamento" e insistiu na retirada o IRS Jovem e da baixa do IRC na proposta do Governo.
"Não queremos sequer 50% do Orçamento. Não queremos desenhar um OE a meias com quem governa. Quem governa tem de apresentar o OE e a posição tem de fazer o juízo, a análise e a avaliação", vincou.
No sábado, o chefe de Estado sublinhou que, "sobretudo num Governo minoritário", como é o executivo PSD/CDS-PP liderado por Luís Montenegro, "o programa do Governo tem de se tornar flexível", estendendo o conselho ao líder da oposição que, aconselhou, "tem de fazer um esforço em relação aos princípios que seriam ideais".
"Se não fazem um esforço, sobra a responsabilidade para quem desempatar? Para o terceiro partido, quem vai desempatar é o terceiro partido, se o primeiro e o segundo não se entendem", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, numa referência ao Chega.
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