O líder parlamentar comunista, João Oliveira, criticou "a ladainha" de PSD e CDS da ilegitimidade do PS para governar
O líder parlamentar do PCP aproveitou hoje um atraso do presidente do CDS-PP, Paulo Portas, para ironizar com "uma resposta comunista", frisando que sociais-democratas e democratas-cristãos foram as únicas forças políticas a perder nas eleições legislativas.
No segundo dia do debate parlamentar sobre o programa do Governo socialista, apoiado por Bloco de Esquerda, Partido Comunista (PCP) e PEV, João Oliveira foi convidado a discursar na vez do líder centrista pelo presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, uma vez que o orador do CDS-PP não se encontrava no hemiciclo na altura devida.
"Para as faltas do CDS, há sempre uma resposta comunista", declarou o deputado comunista assim que chegou à tribuna, motivando risos, em concreto nas bancadas da esquerda. João Oliveira terminaria ainda o discurso louvando o programa do novo executivo por dar respostas concretas aos problemas urgentes dos portugueses, "a tempo, ao contrário das intervenções do CDS".
O presidente do grupo parlamentar do PCP acusou PSD/CDS-PP e seus governos de terem "alcançado uma única meta, que foi falhar todas as metas" em termos de objectivos estatísticos na economia.
"PSD e CDS limitam-se a repetir a mesma ladainha da sua vitória nas eleições e direito divino a governar. É uma questão de aritmética, 107 [deputados] são menos do que 122", afirmou.
João Oliveira reconheceu que, antes do sufrágio de 4 de Outubro, os partidos da direita "podiam mais que todos", embora agora "os dois podem mais que um, mas não podem mais do que quatro".
"Comparando a Assembleia da República de hoje e de 4 de Outubro, quais foram as únicas forças políticas que perderam votos, percentagem, deputados e viram reduzida a sua expressão parlamentar? PSD/CDS. Se foram os únicos que perderam, não podem dizer que ganharam", disse.
O parlamentar comunista lamentou ainda que sociais-democratas e democratas-cristãos se tenham "preferido entreter com o que nunca foi escondido", ou seja, as diferenças programáticas e ideológicas entre PCP e PS.
Segundo João Oliveira, apesar de se tratar de um programa de Governo do PS, o documento permite a recuperação de rendimentos e direitos, bem como melhorias nos sectores da saúde, educação, segurança social e cultura.
PCP: direita podia tudo, agora, não pode mais do que quatro
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