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O que mudou na portabilidade dos números de telefone?

Objectivo das alterações publicadas em Diário da República é simplificar o processo de mudança de operador de telecomunicações, mantendo o número de telefone.

A alteração ao regulamento da portabilidade foi hoje publicada em Diário da República e tem como objectivo simplificar o processo de mudança de operador de telecomunicações, mantendo o número de telefone.

O regulamento n.º 257/2018, no essencial, "procede ao alargamento do horário de utilização da janela de portabilidade cuja duração se mantém em três horas consecutivas e à simplificação de alguns processos, nomeadamente, através da adequação de alguns tempos de resposta ao prazo de um dia útil previsto para a transferência efectiva do número e da introdução de um novo mecanismo de validação do assinante no pedido electrónico de portabilidade".

Neste último caso, "com o objectivo de reduzir o número de recusas de pedidos electrónicos por ausência de dados de identificação do assinante no prestador doador ou detentor", refere o regulamento.

Para esse efeito foi criado o código de validação da portabilidade.

No que respeita aos procedimentos entre empresas com obrigações de portabilidade, "restringiu-se o envio da documentação de denúncia contratual às situações de portabilidade não solicitada pelo assinante impondo-se, simultaneamente, ao prestador receptor, a obrigação de conservação da mencionada documentação".

Esta medida visa optimizar os recursos e simplificar procedimentos e limitar os casos de compensações entre empresas aos casos de portabilidade indevida (que não foi pedida pelo assinante).

"Considerando a crescente utilização da assinatura electrónica avançada e o recurso a assinatura autógrafa reconhecida por entidade com competência legal, 'por semelhança' ou 'na qualidade com poderes para o acto', entendeu-se adequado clarificar que nestes casos há lugar à dispensa da verificação da conformidade da assinatura do assinante aposta no documento de denúncia contratual para efeitos de portabilidade", prossegue.

Além disso, ao nível da transparência tarifária, "o anúncio aplicável a chamadas para números móveis portados passa a ser disponibilizado somente mediante pedido expresso do utilizador final".

Em 17 de Abril, a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) tinha anunciado a aprovação das alterações ao regulamento da portabilidade para que os processos de mudança de operador, mantendo o número de telefone, sejam "mais rápidos e mais seguros", nomeadamente através do código de validação.

Na altura, o regulador adiantou que os anúncios nas chamadas que dão conta da mudança de operadora de determinado cliente (e que surgem minutos antes de começar a chamar), deixam de ser obrigatórios, passando "a ser disponibilizado apenas quando for expressamente pedido pelo utilizador final".

O regulador consultou empresas como a Ar Telecom, IP Telecom, Meo, Nos, Nowo e Vodafone e entidades como a Associação dos Operadores de Telecomunicações (APRITEL) e a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco), no âmbito da alteração ao regulamento

Desde a introdução da portabilidade, em 2001, nas redes fixas, e, em 2002, nas móveis, foram portados 8,4 milhões de números.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.