Nuno Graciano afirmou que "para uma primeira eleição do Chega" a Lisboa, 4,41% dos votos (10.711) "foi um bom resultado".
O candidato do Chega à presidência da Câmara de Lisboa nas eleições autárquicas de domingo considerou esta segunda-feira que o partido teve um bom resultado, apesar de não ter conseguido eleger nenhum vereador.
Em declarações à agência Lusa, Nuno Graciano afirmou que "para uma primeira eleição do Chega" a Lisboa, 4,41% dos votos (10.711) "foi um bom resultado".
"Eu tinha a confiança de ser vereador, mas foi por muito pouco. Ficamos muito perto. Para uma primeira eleição foi muito razoável", salientou o candidato.
No entender de Nuno Graciano, a vitória do cabeça de lista da coligação 'Novos Tempos' (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) "foi surpreendente".
"Ninguém imaginou que o Carlos Moedas ia ganhar as eleições, o que para mim é simpático, devo dizer", referiu, acrescentando que o ex-comissário europeu "é um homem de confiança, portanto conseguirá certamente equilibrar da melhor forma uma vereação possível, uma presidência possível".
"Fernando Medina já estava obviamente gasto. Isso percebia-se na rua. Nas arruadas que fazíamos na rua percebíamos isso", destacou.
Nuno Graciano realçou ainda o facto de o Chega ter ficado à frente da Iniciativa Liberal na Câmara, "um partido que é muito mais urbano".
Já na Assembleia Municipal, o Chega conseguiu 5,35% dos votos (13.004 votos), elegendo três deputados municipais.
O social-democrata Carlos Moedas foi eleito presidente da Câmara Municipal de Lisboa, com 34,25% dos votos, nas eleições autárquicas de domingo, 'roubando' a autarquia ao PS, que liderou o executivo autárquico da capital nos últimos 14 anos.
Segundo os resultados oficiais divulgados hoje pelo Ministério da Administração Interna, a coligação Novos Tempos Lisboa (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) conseguiu sete vereadores, com 34,25% dos votos (83.121 votos); a coligação Mais Lisboa (PS/Livre) obteve sete vereadores, com 33,3% (80.822 votos); a CDU (PCP/PEV) dois, com 10,52% (25.528 votos); e o Bloco de Esquerda (BE) conseguiu um mandato, com 6,21% (15.063).
O executivo do mandato 2017-2021 é composto por oito eleitos do PS (incluindo dos Cidadãos por Lisboa e do Lisboa é Muita Gente), um do BE, quatro do CDS-PP, dois do PSD e dois da CDU.
Concorreram à presidência da Câmara de Lisboa Fernando Medina (coligação PS/Livre), Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), Beatriz Gomes Dias (BE), Bruno Horta Soares (IL), João Ferreira (PCP), Nuno Graciano (Chega), Manuela Gonzaga (PAN), Tiago Matos Gomes (Volt), João Patrocínio (Ergue-te), Bruno Fialho (PDR), Sofia Afonso Ferreira (Nós, Cidadãos!) e Ossanda Líber (movimento Somos Todos Lisboa).
Nuno Graciano diz que Chega teve "bom resultado" em Lisboa apesar de falhar vereação
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