Sábado – Pense por si

Novo Banco: BdP e Fundo de Resolução dizem que não há impedimentos à injeção pública de capital

03 de maio de 2021 às 14:19
As mais lidas

Entidades sustentam que a auditoria demonstra que devem ser cumpridos os contratos feitos no âmbito do Novo Banco.

O Banco de Portugal (BdP) e o Fundo de Resolução consideraram hoje que a auditoria do Tribunal de Contas ao Novo Banco demonstra que não há impedimentos à injeção de dinheiro público no Novo Banco.

O Tribunal de Contas divulgou hoje a auditoria ao financiamento público ao Novo Banco pedida pelo parlamento, tendo posteriormente sido divulgados comunicados do Banco de Portugal (supervisor bancário) e do Fundo de Resolução (entidade que detém 25% do Novo Banco, presidida pelo vice-governador do Banco de Portugal Máximo dos Santos).

Ambas as entidades coincidem de que a auditoria demonstra que devem ser cumpridos os contratos feitos no âmbito do Novo Banco, nomeadamente o contrato do mecanismo de capital contingente pelo qual o Estado tem capitalizado o banco. Destacam ainda a conclusão da auditoria de que o mecanismo de capitalização pública tem sido fundamental para a estabilidade do sistema financeiro.

No seu comunicado, o Banco de Portugal diz que esta auditoria é um "complemento" aos procedimentos que já existem para avaliar da legitimidade do dinheiro público recebido pelo Novo Banco, considerando que a auditoria demonstra que o contrato deve ser cumprido.

"A convicção plena do Banco de Portugal é, por isso, a de que estão verificadas as exigentes condições para que seja prosseguida a normal execução dos contratos, permitindo-se assim que seja cumprida a sua missão de preservação da estabilidade financeira, conforme agora confirmado pelo Tribunal de Contas", lê-se no comunicado do Banco de Portugal.

Também o Fundo de Resolução disse que a auditoria "não identifica nenhum impedimento ao cumprimento dos compromissos e dos contratos que decorrem do processo de resolução do Banco Espírito Santo, iniciado em agosto de 2014".

Tanto Banco de Portugal como Fundo de Resolução referem também que a auditoria concluiu que o financiamento público ao Novo Banco é essencial para a preservação da estabilidade financeira.

"O Tribunal de Contas concluiu que o financiamento público do Novo Banco, através do Acordo de Capitalização Contingente, concorre para a estabilidade do sistema financeiro, sobretudo porque permitiu que fosse evitada a liquidação do banco e que fosse reduzido o risco sistémico", refere o comunicado do Banco de Portugal.

"Como conclusão central da avaliação do Tribunal de Contas importa salientar que o Tribunal sustenta que o financiamento público do Novo Banco, através do Acordo de Capitalização Contingente, contribuiu para a estabilidade do sistema financeiro, desde logo porque permitiu que fosse evitada a liquidação do Novo Banco e reduzido o risco sistémico", diz, por seu lado, o Fundo de Resolução.

O Novo Banco foi criado em agosto de 2014 na resolução do BES. Apenas ao abrigo do Acordo de Capitalização Contingente, o Novo Banco já consumiu 2.976 milhões de euros de dinheiro público e, pelo contrato, pode ir buscar mais 914 milhões de euros.

Cuidados intensivos

Regresso ao futuro

Imaginemos que Zelensky, entre a espada e a parede, aceitava ceder os territórios a troco de uma ilusão de segurança. Alguém acredita que a Rússia, depois de recompor o seu exército, ficaria saciada com a parcela da Ucrânia que lhe foi servida de bandeja?