A China anunciou uma investigação ao motor de pesquisa chinês Baidu, após um doente oncológico, que entretanto morreu, ter acusado a empresa de fornecer informação enganosa sobre terapias
Wei Zexi recorreu alegadamente a um tratamento, que se revelou ineficaz, induzido por uma pesquisa no Baidu, que colocou a terapia no segundo lugar da lista de resultados.
O paciente tinha um cancro raro e encontrava-se em estado terminal.
De acordo com um comunicado difundido anteriormente por Wei, o tratamento, uma imunoterapia, que utiliza agentes biológicos que estimulam o sistema imunitário, custou à sua família 26.000 euros.
Os hospitais públicos, por outro lado, terão dito a Wei que tinha os dias contados.
O homem morreu a 12 de Abril após ter sido submetido por quatro vezes àquele tratamento que, segundo fontes citadas pelo jornal oficialChina Daily, é utilizado apenas em investigação médica.
O tráfego pago é um modelo de publicidade na Internet em que o motor de pesquisa recebe dinheiro por cada vez que um usuário acede aos portais que surgem em destaque.
Aquele esquema, que se distingue do tráfico orgânico, que define a ordem unicamente através do número de visitas, é a principal fonte de receitas do Baidu, segundo a imprensa chinesa.
No entanto, ao contrário do Google, líder mundial, e outros motores de pesquisa, o Baidu não assinala os resultados pagos.
Em comunicado, o Baidu disse ter pedido às autoridades para investigar um alegado esquema de subcontratação na prática daquela terapia.
De acordo com informações divulgadas na segunda-feira pelos jornais chineses, o tratamento terá sido aplicado num centro gerido por uma empresa privada, dentro das instalações do hospital, em violação das normas.
A equipa encarregada da investigação é composta por funcionários da Administração do Ciberespaço da China, da Comissão Nacional da Saúde e Planeamento Familiar e da Administração Estatal para a Indústria e Comércio.
O centro em causa foi, entretanto, encerrado.
Em Novembro de 2008, a televisão estatal CCTV noticiou que o Baidu vendeu posições no topo da sua lista de resultados, na pesquisa por termos médicos chave, a hospitais falsos e a fornecedores de medicamentos não licenciados.
Motor de pesquisa acusado de enganar doente com cancro
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A condenação do CSMP assenta na ultrapassagem das limitações estatutárias quanto à duração dos mandatos e na ausência de fundamentos objetivos e transparentes nos critérios de avaliação, ferindo princípios essenciais de legalidade e boa administração.
A frustração gera ressentimento que, por sua vez, gera um individualismo que acharíamos extinto após a grande prova de interdependência que foi a pandemia da Covid-19.