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Moro promete que o Brasil "não será porto seguro para criminosos"

02 de janeiro de 2019 às 17:05
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O novo ministro da Justiça brasileiro declarou que pretende reforçar o combate à droga, à corrupção e aumentar a cooperação internacional.

O novo ministro da Justiça brasileiro, Sergio Moro, garantiu, esta quarta-feira, que o Brasil "não será um porto seguro para criminosos". Moro lembrou ainda que só aceitou este cargo porque achou que teria mais oportunidades para poder ser mais ativo no combate à corrupção.

Durante a cerimónia de tomada de posse da pasta judicial, o juiz brasileiro afirmou que o povo brasileiro "tem o direito de viver sem medo da violência e sem medo de ser vítima de um crime pelo menos nos níveis atualmente existentes". Moro declarou ainda que, enquanto detiver a pasta da Justiça, não haverá medo de investigações influenciadas por "motivos político-partidários".

Moro lembrou que o presidente Jair Bolsonaro o indigitou como ministro da Justiça para livrar o Brasil da impunidade.

O juiz mostrou ainda que continua a defender a prisão de condenados em segunda instância, para acelerar os julgamentos e o cumprimento de pena. "Processo sem fim é justiça nenhuma", defende o juiz.

"Pretende-se deixar mais claro na lei que, no processo criminal, a regra deve ser a da execução da condenação criminal após o julgamento da segunda instância. Esse foi o mais importante avanço institucional dos últimos anos, legado do saudoso ministro Teori Zavascki. Pretendemos honrá-lo e igualmente beneficiar toda a população com uma Justiça célere, consolidando tal avanço de uma maneira mais clara na lei", afirmou o novo ministro.

Luta contra as drogas está a falhar

Sergio Moro afirmou ainda, durante o seu discurso, que os cartéis de droga continuam a ser uma ameaça à democracia, mesmo depois de cinco anos de investigações intensivas contra esta prática.

O novo ministro declarou que vai propor uma ambiciosa lei anti-crime ao Congresso e ainda fortalecer uma área para cooperação internacional na área da justiça, através do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional.

Editorial

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