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Líder indígena morto no Brasil por madeireiros

02 de novembro de 2019 às 16:53
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Dois membros da tribo Guajajara foram mortos na sexta-feira durante uma emboscada alegadamente feita por madeireiros armados, na Amazónia brasileira.

Dois membros da tribo Guajajara foram mortos na sexta-feira à noite durante uma emboscada alegadamente feita por madeireiros armados, na Amazónia brasileira, divulgou este sábado a Secretaria de Direitos Humanos do Governo do Maranhão e a imprensa local.

Entre os mortos está Paulo Paulino Guajajara, um dos denominados "Guardiões da Floresta", um grupo de indígenas dedicado a proteger a floresta amazónica da destruição ambiental. Outro líder da tribo Guajajara, Laércio Souza Silva, ficou ferido e um madeireiro está desaparecido, acrescentou aquele organismo do governo do estado do Maranhão, no nordeste do país.

Segundo a versão da tribo, "o confronto partiu de uma emboscada" no município de Bom Jesus das Selvas.

"Os guardiões Paulino e Laércio haviam se afastado da aldeia para buscar água quando foram cercados por pelo menos cinco homens armados" que terão disparado contra os indígenas, lê-se numa mensagem da Secretaria divulgada na rede social Twitter.

Membros do programa de proteção dos defensores dos direitos humanos e equipas de segurança armadas foram enviadas para a região para averiguar o sucedido.

Segundo a organização não governamental Survival International, "pelo menos três guardiões já foram assassinados e muitos de seus parentes também foram mortos por madeireiros e grileiros [usurpadores que falsificam documentos para tomar posse de terras] que invadem seu território, a Terra Indígena Arariboia, que agora é a última área de floresta que resta na região".

Os autodenominados guardiões da tribo Guajajara (uma das mais numerosas no Brasil) são cerca de 180 e agem contra acampamentos de madeireiros que se dedicam a queimadas e ao corte ilegal de árvores. A associação ambiental Greenpeace repudiou o sucedido e pediu ao Governo do Brasil que aja para evitar "mais conflitos e mais mortes" naquela região.

A Ucrânia não ficará sozinha

Zelensky vê na integração na UE uma espécie de garantia de segurança, ainda que não compense a não entrada na NATO. É possível sonhar com um cessar-fogo capaz de evitar uma futura terceira invasão russa da Ucrânia (agora para Odessa e talvez Kiev, rumo às paredes da frente Leste da UE)? Nunca num cenário de concessão do resto do Donbass. O invadido a oferecer, pela negociação, ao invasor o que este não foi capaz de conquistar no terreno? Não pode ser. Aberração diplomática que o fraco mediador Trump tenta impor aos ucranianos.