Segundo a procuradoria, Al-Khelaïfi, de 48 anos, e Valcke, de 61, estabeleceram um "acordo corrupto" para a atribuição à beIN dos direitos de transmissão dos mundiais de 2026 e 2030.
A justiça suíça pediu hoje 28 meses de prisão para o presidente do Paris Saint-Germain e da beIN Media, Nasser Al-Khelaifi, e 35 meses para o antigo número dois da FIFA, Jérôme Valcke, em julgamento sobre direitos televisivos.
Ao contrário do que aconteceu no julgamento de primeira instância, no outono de 2020, a promotora federal Cristina Castellote não solicitou uma suspensão parcial da pena, mas sim pena efetiva de dois anos e quatro meses para Al-Khelaifi e de quase três anos para o ex-dirigente da FIFA.
Segundo a procuradoria, Al-Khelaïfi, de 48 anos, e Valcke, de 61, estabeleceram um "acordo corrupto" para a atribuição à beIN dos direitos de transmissão dos mundiais de 2026 e 2030.
Os dois agentes desportivos são acusados de terem feito um pacto às escondidas da FIFA, o que pressupõe também um ato de "gestão desleal", punível com cinco anos de prisão.
No primeiro julgamento, o tribunal estimou que Valcke apoiou a atribuição de direitos de TV ao canal beIN em troca de uma luxuosa mansão na Costa Esmeralda da Sardenha, comprada para si, no final de 2013, por cinco milhões de euros, por uma empresa de Al-Khelaïfi.
O ex-secretário-geral da FIFA admitiu que pediu ajuda ao empresário qatari para financiar a 'Villa Bianca', poucos meses antes da assinatura, em abril de 2014, de um contrato entre o beIN e o organismo que gere o futebol mundial relativo aos direitos de transmissão dos mundiais de 2026 e 2030 para a África do Norte e Oriente Médio. Contudo, ex-dirigente francês garantiu que os factos não estão relacionados.
Os magistrados qualificaram a relação como "suborno", contudo o tribunal não pode condenar por "corrupção privada", já que a FIFA retirou a sua queixa em janeiro de 2020, após um acordo com Al-Khelaïfi, cujos termos nunca foram divulgados.
A acusação de "gestão desleal" exige a prova de que o acordo prejudicou a FIFA, mas os visados defendem-se com o facto de o contrato, de cerca de 440 milhões de euros, ter sido o mais vantajoso para o organismo, pois constituía uma valorização de 60% das receitas arrecadadas com os mundiais de 2018, na Rússia, e 2022, no Qatar.
Na quarta-feira, será a vez de a defesa fazer as suas alegações sobre o caso.
Desde 2015 que a justiça suíça tem aprofundado investigações que têm abalado o futebol mundial.
Justiça suíça pede prisão efetiva para presidente do PSG e ex-número dois da FIFA
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