Nos registos partilhados pela rede social constavam informações pessoais dos utilizadores do Facebook e respectivos amigos, incluindo números de telefone e até graus de parentesco, de acordo com um relatório do Wall Street Journal.
O Facebook reconheceu que a informação foi cedida a um "pequeno número" de empresas, incluindo a RBC Capital Markets e a Nissan Motor Co., anunciantes e outros parceiros de negócios.
Estas empresas tiveram acesso aos dados durante 2015, situação que se manteve apesar de a rede social ter anunciado que iria bloquear a maioria dos desenvolvedores que criam aplicativos que funcionam no Facebook.
O Facebook terá fornecido extensões a empresas empresas seleccionadas na lista de permissões, permitindo que continuassem a obter informações pessoais dos utilizadores. Essas extensões expiraram no final de 2015, garante a empresa.
Esta informação surge no final de uma semana em que uma investigação do jornal "The New York Times" revelou que o Facebook estabeleceu acordos com 60 fabricantes de dispositivos móveis, que tiveram acesso, sem o consentimento explícito, a vários dados pessoais dos utilizadores, como religião, tendências políticas, amigos, eventos e estado civil.
Entre esses fabricantes de telemóveis constavam quatro empresas chinesas, incluindo o grupo de telecomunicações Huawei, que Washington considera uma ameaça à segurança nacional.
A política de privacidade da empresa de Mark Zuckerberg tem vindo a ser contestada depois do escândalo de roubo de dados na "Cambridge Analytica, empresa que terá utilizado as informações dos utilizadores do Facebook para ajudar a campanha presidencial de Donald Trump ou os movimentos a favor da saída do Reino Unido da União Europeia, o Brexit.