O ex-primeiro-ministro lembrou que a inflação estava a começar a ceder, a confiança dos consumidores a melhorar e as taxas de juro a dar sinais de abrandamento.
O anterior primeiro-ministro, António Costa, considerou hoje que as legislativas de março ocorreram no "pior momento" para o PS e que será "muito difícil" assumir um cargo europeu enquanto houver um "processo pendente".
"As eleições ocorreram no pior momento possível para quem estava a governar", sustentou o ex-chefe do Governo numa entrevista à apresentadora de televisão Cristina Ferreira, na TVI, lembrando que a inflação estava a começar a ceder, a confiança dos consumidores melhorar e as taxas de juro a dar sinais de abrandamento.
Segundo António Costa, "era difícil ter um pior contexto económico e social" para realizar eleições e, além disso, com um primeiro-ministro envolvido num processo judicial, tudo junto criou um efeito adverso para o partido no governo".
Costa, que anunciou que passará a escrever uma crónica aos sábados no jornal Correio da Manhã e irá comentar na nova televisão do grupo de media daquele jornal, admitiu ser difícil assumir um cargo europeu a breve prazo.
Questionado sobre o exercício de um cargo europeu, o anterior primeiro-ministro respondeu que "depende das circunstâncias", mas "com um processo pendente é muito difícil haver essa solução".
Quanto à sua nova vida, Costa disse que "há pequenos luxos que se ganham", como "ter o telemóvel desligado à noite" ou "não pôr o despertador" para acordar de manha.
Relativamente ao momento da sua demissão do cargo de primeiro-ministro, a 07 de novembro, na sequência da operação Influecer, Costa descreveu-a como uma "sensação de ser atropelado por um comboio e ter ficado vivo", mas mostrou-se convicto de que, no final, ficará provada a sua inocência.
"Eu conheço o último episódio desta série, não sei é quantos episódios esta série vai ter ou quantas temporadas", ironizou, dizendo depois sentir que a confiança das pessoas em si "não se quebrou".
No exterior dos estúdios, comentando declarações do Presidente da República, que lhe chamou "lento, oriental", durante uma conversa com jornalistas estrangeiros radicados em Portugal, Costa comentou:
"Sou um otimista e vejo sempre o lado bom e interpretei essas palavras como um elogio a uma forma ponderada de estar na vida e de exercer a vida política. Ou talvez uma certa autocrítica por, não tendo esta costela oriental, muitas vezes haver menos ponderação por parte do Presidente", disse António Costa, em declarações à CNN Portugal.
O anterior chefe do Governo disse ainda não se ter sentido ofendido com as palavras de Marcelo, com quem tem uma longa relação, desde o tempo em que foi seu aluno na Faculdade de Direito de Lisboa.
Costa diz que legislativas ocorreram "no pior momento" para o PS
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