Sábado – Pense por si

Costa afirma que só Marcelo pode esclarecer o que disse sobre messianismo

25 de abril de 2018 às 16:37
As mais lidas

"É muito difícil interpretar a arte moderna e nem sempre é possível interpretar os discursos modernos", disse Costa.

O primeiro-ministro manifestou-se hoje em sintonia com as preocupações transmitidas pelo Presidente da República sobre a democracia, mas considerou que só o próprio chefe de Estado pode esclarecer o que disse sobre "messianismo" e endeusamento" dos políticos.

António Costa falava aos jornalistas no início da festa das comemorações do 25 de Abril de 1974 nos jardins de São Bento, depois de interrogado sobre a forma como recebeu o discurso esta manhã proferido por Marcelo Rebelo de Sousa na Assembleia da República.

Questionado sobre quem são os alvos da parte do discurso em que o Presidente da República se referiu ao "messianismo" e ao "endeusamento" de políticos, António Costa alegou que "essa é uma pergunta que seguramente tem de ser dirigida a ele".

"Para já, creio que não estava a falar de si próprio, porque é o único em que nas sondagens surge com níveis de popularidade absolutamente estratosféricos. Não sei [a quem se estava a referir]", repetiu o líder do executivo.

António Costa advertiu depois que "é muito difícil interpretar a arte moderna e nem sempre é possível interpretar os discursos modernos".

"Mas o Presidente da República ficará encantado em poder esclarecer sobre aquilo que lhe ia no espírito nesse momento", completou o primeiro-ministro.

A Ucrânia não ficará sozinha

Zelensky vê na integração na UE uma espécie de garantia de segurança, ainda que não compense a não entrada na NATO. É possível sonhar com um cessar-fogo capaz de evitar uma futura terceira invasão russa da Ucrânia (agora para Odessa e talvez Kiev, rumo às paredes da frente Leste da UE)? Nunca num cenário de concessão do resto do Donbass. O invadido a oferecer, pela negociação, ao invasor o que este não foi capaz de conquistar no terreno? Não pode ser. Aberração diplomática que o fraco mediador Trump tenta impor aos ucranianos.