Ventura criticou ainda o silêncio do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, em relação a estes acontecimentos.
O presidente do Chega anunciou hoje que vai participar ao Ministério Público os "crimes graves" de que diz terem sido alvo deputados do partido numa manifestação no sábado, criticando o silêncio de Santos Silva e Marcelo Rebelo de Sousa.
António Pedro Santos/LUSA
Em conferência de imprensa na sede do partido, André Ventura afirmou que aquilo que aconteceu em Lisboa na manifestação pela habitação foi que "deputados do Chega foram escoltados enquanto eram agredidos com murros e pontapés, empurrados, cuspidos", tendo alguns deles sido "ameaçados de morte".
"Tudo isto está nas imagens captadas pelas televisões, pelo próprio Chega e que serão hoje mesmo entregues às autoridades", disse.
Considerando que os incidentes de sábado configuram "um baixo nível de democracia interna e um regime de hostilidade permanente face a um partido e os seus representantes", o líder do Chega recusou "respostas violentas à violência".
"Entregaremos uma participação ao Ministério Público não só pelo crime de coação contra órgãos constitucionais, previsto no código penal, como ainda as ofensas e as ameaças de morte a vários deputados, algumas delas filmadas e captadas em imagem", referiu, considerando que "estes crimes são graves e alguns deles foram feitos à frente de todos".
Ventura criticou ainda o silêncio do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, em relação a estes acontecimentos.
"Uma última palavra para Augusto Santos Silva. Usou as suas redes sociais para criticar e condenar tudo e mais alguma coisa (...) Quando alguns deputados são agredidos e insultados, os seus deputados, fica em silêncio como um cobarde que é", acusou.
O líder do Chega antecipou que no plenário do parlamento de terça-feira o partido vai mostrar a Santos Silva "que se é cobarde não tem lugar enquanto presidente da Assembleia da República".
"Palavra para o Presidente da República que não foi capaz de emitir uma palavra sobre deputados eleitos que estavam a ser agredidos e ofendidos numa manifestação", disse, criticando ainda a posição das lideranças do BE e do PCP no próprio dia dos acontecimentos.
No sábado, uma comitiva do Chega que incluía três deputados do partido foi escoltada no sábado pela Polícia de Segurança Pública (PSP) para fora do local onde estava a decorrer uma manifestação pela habitação e justiça climática, em Lisboa, após protestos de participantes.
Rui Paulo Sousa, Filipe Melo e Jorge Galveias, chegaram à Alameda D. Afonso Henriques, em Lisboa, pelas 15:00, e pouco depois foram recebidos por várias pessoas a gritar "racistas, fascistas, não passarão", a apupar os deputados e a exigir para que se fossem embora.
Os manifestantes juntaram-se em torno dos deputados, o que levou a equipa de intervenção rápida da PSP a rodear os parlamentares, formando um cordão de segurança no qual foram escoltados para fora do local da manifestação.
Inicialmente, o deputado Filipe Melo disse, em declarações aos jornalistas, que a comitiva do Chega não ia abandonar o protesto, "porque as ruas não são da esquerda, são dos portugueses", mas os parlamentares acabaram por não participar na manifestação, "a pedido das forças de segurança", justificou.
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