Segundo o movimento de cidadãos que organizou a manifestação, estavam presentes pessoas de vários concelhos, como Celorico de Basto, Mondim de Basto, Fafe, Guimarães, Amarante e até da região de Barroso.
À Lusa, a organizadora afirmou que a mobilização popular, nomeadamente a concentração de hoje, está a corresponder ao esperado.
"Nós já tínhamos tido um 'feedback' muito bom desde a formação do movimento, uma vez que, em 24 horas, conseguimos angariar 3.400 pessoas. As pessoas estarem a adquirir tanto é o reflexo que a mensagem está a passar", sinalizou, prometendo que o movimento vai continuar a crescer.
"A população está cada vez mais informada e hoje sairá daqui ainda mais esclarecida", reforçou Rita Pereira.
A ativista alertou, em concreto, para os perigos da prospeção e eventual extração de lítio, a poucos quilómetros de uma zona densamente habitada.
"Está demasiado próxima. Quem conhecer minimamente a zona de Borba, a zona de Fervença, percebe que, a dois quilómetros dos pontos de prospeção, existem quintas biológicas, existem casas e pessoas que as habitam, que necessitam da água e da qualidade do ambiente para poderem subsistir", reforçou.
Anunciou, depois, "uma atitude vigilante" e de acompanhamento face ao processo, prometendo atuar em defesa das populações.
"Nós vamos manter uma atitude vigilante e cooperante. Vamos estar sempre em cima daquilo que estas seis autarquias pretendem fazer", referiu, acrescentando: "Sempre que houver alguma decisão, que seja contra aquilo que nós defendemos, nós vamos reagira e avaliar a nossa reação, momento a momento".
O movimento, prometeu, vai continuar a "passar a mensagem e informar as populações que estão mais distantes e que não têm acesso à informação, porque a informação é poder".
"É isso que nós queremos dar à população", exclamou, apontando para os manifestantes reunidos na praça.
Alguns populares, de diferentes concelhos, usaram da palavra, reforçando os impactos negativos no ambiente e na saúde das pessoas que pode significar a prospeção de lítio naquela região, deixando críticas aos interesses económicos que, alegadamente, se sobrepõem aos interesses dos cidadãos comuns.