A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, afirmou que "todos os dias" se arrepende da criação da 'geringonça' pelas suas limitações
Quando questionada se perante polémicas como as viagens pagas pela Galp a membros do Governo não houve algum momento em que o Bloco se tenha arrependido da criação da 'geringonça' (partidos que apoiam parlamentarmente o executivo de António Costa) Catarina Martins afirmou: "Todos os dias me arrependo. Faz parte".
Instada a explicar a posição, a deputada bloquista acrescentou: "Todos os dias somos confrontados com as limitações".
No entanto, "enquanto os objectivos que estiverem a ser traçados forem cumpridos, cá estamos. Com as dificuldades de todos os dias", adiantou Catarina Martins.
"Todos os dias sou confrontada com os limites da 'geringonça'. Isso custa. O que não é mau, é o que temos de fazer. Há dois objectivos essenciais no acordo que o BE fez, mas fizemo-lo e lutámos por ele: travar o empobrecimento do país e afastar a direito do Governo", acrescentou.
Questionada sobre se tem medo de não conseguir ir mais além, Catarina Martins admitiu que sim.
"Todos os dias tenho medo de não conseguir. Todos os dias tenho de lutar para que seja possível. Não é mau", afirmou a deputada.
No entanto, admitiu que todos os dias se arrepende, tem medo e luta contra as limitações.
A 'geringonça' é o conjunto de forças políticas que apoiam o Governo socialista, no âmbito de um acordo entre a esquerda que inclui PS, BE, PCP e PEV.
Em 10 de Novembro do ano passado, Paulo Portas, na altura vice-primeiro-ministro, tinha afirmado que o acordo de esquerda não era bem um governo, mas sim "uma 'geringonça'".
Catarina Martins diz-se arrependida da 'geringonça'
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