Sábado – Pense por si

Bombardeiros americanos participam em exercícios

Dois bombardeiros norte-americanos participaram ontem, na península coreana, em manobras conjuntas, que Pyongyang considerou uma provocação

Dois bombardeiros norte-americanos participaram na segunda-feira, na península coreana, em manobras conjuntas, que Pyongyang considerou uma provocação, foi hoje anunciado.

Os dois bombardeiros estratégicos "B1" partiram da base aérea Andersen, na ilha de Guam, e participaram na segunda-feira nos exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul e o Japão, disseram as Forças Armadas do Pacífico (PACAF) norte-americanas em comunicado.

O PACAF afirmou que os Estados Unidos realizam estas manobras de forma rotineira, sem qualquer ligação "a uma situação ou país específicos".

O anúncio norte-americano chegou depois de a Coreia do Norte ter denunciado o voo destes bombardeiros na região, uma acção que considerou tratar-se de uma provocação.

A região vive há meses em estado de crescente tensão face aos contínuos testes de mísseis norte-coreanos (o mais recente no passado sábado) e à retórica endurecida de Washington após a chegada de Donald Trump à Casa Branca em Janeiro.

A isto junta-se a possibilidade de Pyongyang realizar um novo teste nuclear na base de testes de Punggye-ri, em que fotos por satélite em meados de Abril mostravam grandes preparativos.

Os Estados Unidos, que sugeriram possíveis ataques preventivos, enviaram este ano para a região o porta-aviões nuclear USS Carl Vinson para que participasse nas manobras militares anuais com a Coreia do Sul. As manobras militares anuais conjuntas decorreram em Abril e terminaram no passado domingo.

Na segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos disse, numa entrevista, estar disposto a reunir-se com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, "sob as circunstâncias adequadas". O porta-voz da Casa Branca esclareceu posteriormente que as mencionadas circunstâncias "não existem por agora".

Editorial

Só sabemos que não sabemos

Esta ignorância velha e arrastada é o estado a que chegámos, mas agora encontrou um escape. É preciso que a concorrência comece a saber mais qualquer coisa, ou acabamos todos cidadãos perdidos num qualquer festival de hambúrgueres