Cerca de 150 civis, a maioria doentes ou deficientes, foram retirados ontem à noite de um centro de saúde de Aleppo, na parte mais antiga da cidade tomada pelo exército sírio
Cerca de 150 civis, a maioria doentes ou deficientes, foram retirados na noite de quarta-feira para quinta-feira de um centro de saúde de Aleppo, na parte mais antiga da cidade tomada pelo exército sírio, anunciou a Cruz Vermelha internacional.
Os cadáveres de 11 pessoas que morreram na unidade durante os combates dos últimos dias também foram retirados pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
A operação de retirada foi realizada durante à noite, em colaboração com o Crescente Vermelho Sírio (SARC), horas depois do anúncio da tomada da Cidade Velha, o centro histórico de Aleppo, dos rebeldes pelo regime do Presidente Bashar al-Assad.
Dar al-Safa era um centro para idosos que foi convertido para acomodar pacientes com problemas mentais ou físicos, de acordo com o CICV. Algumas dezenas de civis, alguns deles feridos, também encontraram refúgio no local.
Estas pessoas "foram presas por vários dias devido aos combates pesados", disse Marianne Gasser, responsável da CICV na Síria.
"Muitos deles não podem mover-se e devem receber cuidados especiais. Deve ter sido aterrorizante para eles", disse Marianne Gasser.
Ambas as organizações estavam a tentar retirar essas pessoas desde terça-feira, mas foram forçados a adiar a operação devido aos combates.
"Infelizmente, para alguns, veio tarde demais: 11 deles morreram (...). Eles morreram por causa dos conflitos ou porque não tinham acesso aos cuidados necessários", segundo o CICV.
As forças do regime sírio agora controlam mais de 80% dos bairros rebeldes na parte oriental de Aleppo e continuam a progredir com o objetivo de assumir o controlo total.
Pelo menos 384 civis, incluindo 45 crianças, foram mortos em Aleppo oriental desde o início da ofensiva do regime a 15 de Novembro, de acordo com Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Outros 105 morreram nos bairros de Aleppo ocidental, controlados pelo Governo, nos confrontos com os rebeldes.
O Presidente sírio disse numa entrevista divulgada hoje pelo jornal estatal al-Watan que uma vitória na batalha de Aleppo será um "grande ganho" para o seu Governo, mas que não será o fim da guerra na Síria.
Mais de 50.000 sírios fugiram nas últimas semanas de Aleppo devido à intensificação dos ataques das forças do regime sírio à zona da cidade controlada pelos rebeldes.
Cerca de 300.000 pessoas foram mortas e milhões obrigadas a fugir desde o início da guerra na Síria, há quase seis anos.
Aleppo: 150 doentes de centro de saúde fogem do exército
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