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Alemanha afirma que combatentes curdos foram atacados com armas químicas

13 de agosto de 2015 às 15:23
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Forças curdas que combatem o Estado Islâmico no norte do Iraque foram "há dias" alvo de um ataque com armas químicas, anunciou esta quinta-feira o ministério alemão da Defesa, que treina os peshmergas na luta contra os jihadistas

Forças curdas que combatem o Estado Islâmico no norte do Iraque foram "há dias" alvo de um ataque com armas químicas, anunciou hoje o Ministério da Defesa da Alemanha, que treina ospeshmergasna luta contra os jihadistas.

"Houve um ataque com armas químicas" a sudoeste de Erbil (norte do Iraque), afirmou um porta-voz do Ministério, acrescentando que vários combatentes curdos sofreram problemas respiratórios.

"Especialistas norte-americanos e iraquianos estão a caminho para descobrir o que se passou", prosseguiu o porta-voz, que não disse quem são os suspeitos da autoria do ataque.

Cerca de 90 militares alemães estão no norte do Iraque para equipar e treinar ospeshmerga (combatentes curdos) em apoio à luta contra os jihadistas do grupo extremista Estado Islâmico.

Segundo o porta-voz, nenhum militar alemão foi afectado pelo ataque.

"A protecção dos nossos soldados no norte do Iraque já estava ao nível mais alto", disse.

A informação oficial alemã foi dada depois de o incidente ter sido noticiado pelo jornalBild, que citou um relatório militar confidencial. Segundo o jornal, o ataque ocorreu em Mashmur, a cerca de 60 quilómetros de Erbil, e o composto químico utilizado pode ser gás de cloro, um gás amarelo ou esverdeado, de odor desagradável e muito tóxico por inalação.

O ataque afectou cerca de 60peshmergas.

O Estado Islâmico foi anteriormente acusado de usar gás de cloro contra forças curdas no Iraque.

Em Março, o governo autónomo curdo da região disse ter provas de que o grupo usou gás de cloro num ataque com um carro armadilhado a 23 de Janeiro.

Em Julho, dois grupos de especialistas, o Conflict Armament Research e o Sahan Research, afirmaram que os jihadistas atacaram os curdos com um projéctil transportando um agente químico desconhecido a 21 ou 22 de Junho.

O agente tinha características e efeitos clínicos compatíveis com o cloro, segundo os doisthink tanks. As duas organizações disseram também ter documentado dois ataques semelhantes contra combatentes curdos no norte da Síria, na província de Hasakeh, a 28 de Junho.

Nesse ataque, não se registaram mortes, mas combatentes expostos ao agente sentiram ardor na garganta, olhos e nariz, vómitos, fortes dores de cabeça, dores musculares e dificuldades de concentração e de mobilidade.

O cloro, utilizado na I Guerra Mundial, é um gás asfixiante cuja utilização em conflitos armados é proibida pela Convenção sobre Armas Químicas de 1997.

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