O CDS elege, este fim de semana, o novo líder. Cristas sucederá a Paulo Portas, que se vai despedir do partido que presidiu durante 16 anos. Hoje é o último discurso de Portas, amanhã a votação
É uma semana de despedidas para a política portuguesa. Depois da saída do ex-presidente Cavaco Silva, este sábado, é a vez de Paulo Portas deixar a liderança do CDS-PP, numa intervenção perante o 26.º Congresso dos centristas que deverá escolher Assunção Cristas como sua sucessora.
O primeiro dia de Congresso em Gondomar (Porto) ficará marcado pela intervenção do ainda presidente, Paulo Portas, prevista para cerca das 12h40, antes da pausa para almoço dos congressistas.
Quinta-feira, na cerimónia de atribuição do título de militante honorário da Juventude Popular,afirmou que termina funções "com sentimento de dever cumprido e cabeça levantada".Portas garantiu que é com "indelével confiança no futuro do CDS" que parte para o congresso do CDS "ânimo, fé e esperança" nesta "nova geração e novo ciclo" do partido, que será liderado por Assunção Cristas.O ainda líder do CDS deixou uma garantia: "não vou andar por aí pela simples razão que eu sou daqui". "Tomei uma decisão de vida que mudará os meus horizontes, mas o endereço da minha opção política é esta casa. A morada do meu voto é este partido e a razão da minha esperança é esta juventude", prometeu.
Nuno Melo, que se retirou da corrida à liderança do CDS-PP, intervém antes de Portas, para apresentar o relatório dos deputados ao Parlamento Europeu. Ainda no período da manhã está também prevista a apresentação do trabalho dos deputados à Assembleia da República pelo líder parlamentar, Nuno Magalhães, e intervenções do secretário-geral, António Carlos Monteiro, e do coordenador autárquico, Domingos Doutel.
Assunção Cristas discursa ao Congresso à tarde, a partir das 15h00, no período reservado à apresentação das moções de estratégia global, para dar a conhecer o seu documento de 31 páginas, com o título Ambição e Responsabilidade.
Apresentam também moções de estratégia global - que não obrigam a uma candidatura à liderança, mas que são obrigatórias para quem é candidato - o líder da tendência Alternativa e Responsabilidade, Filipe Anacoreta, o dirigente e deputado João Almeida, o porta-voz e apoiante da primeira hora de uma candidatura de Nuno Melo, Filipe Lobo D'Ávila, bem como de Telmo Correia, Diogo Feio, João Maria Condeixa, Mattos Chaves (da tendência Direita Social), bem como a Juventude Popular e a Federação dos Trabalhadores Democratas-cristãos.
A discussão das moções está prevista até à meia-noite, quando os trabalhos deverão encerrar. No período entre as 19h00 e as 21h00/22h00 deverão intervir "pesos-pesados" do partido como o ex-ministro da Economia António Pires de Lima e o antigo líder parlamentar António Lobo Xavier.
Assunção Cristas poderá voltar a intervir perante o Congresso ainda no sábado, disse revelou fonte oficial do CDS-PP à Lusa. Tudo dependerá do decorrer dos trabalhos.
O segundo e último dia de reunião magna, no domingo, está reservado à eleição dos novos órgãos do partido, até cerca das 12h00, a que se seguirá o discurso de consagração de Cristas como líder dos centristas.
O CDS-PP chega ao 26º Congresso com 36.005 militantes ativos, mais cerca de 4 mil do que em 2014, homens (62%) na esmagadora maioria, dos 36 aos 45 anos (22%), segundo a secretaria-geral.
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